Miguelito tem efeito suspensivo e joga América-MG x Atlético-GO: Entenda o caso de injúria racial

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América-MG x Atlético-GO: Miguelito tem efeito suspensivo no STJD e fica disponível para jogar

Atleta do América havia sido suspenso pelo STJD em cinco jogos em caso de acusação de injúria racial

Allano, do Operário-PR, denuncia Miguelito, do América-MG, por injúria racial

O meia Miguelito teve efeito suspensivo concedido pelo STJD – Superior Tribunal de Justiça Desportiva – e está disponível para a partida do América-MG contra o Atlético-GO, nesta terça-feira, pela Série B.

Miguelito havia sido suspenso por cinco partidas pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) no julgamento sobre a acusação de injúria racial do atacante Allano, do Operário.

O departamento jurídico do Coelho contratou um laudo pericial, por meio de leitura labial dos envolvidos, para sustentar a defesa. O material coletado teria indicado que Jacy, capitão do Operário-PR e testemunha ouvida pela polícia, disse em campo que não ouviu o que foi dito por Miguelito. O clube entrou com efeito suspensivo e teve o pedido aceito até novo julgamento.

ENTENDA O CASO

O episódio de injúria racial ocorreu no primeiro tempo do jogo entre Operário-PR e América-MG. Após uma disputa de bola, os jogadores aguardavam a cobrança de uma falta quando Miguelito virou em direção ao atacante Allano do Operário-PR, que foi para cima do meia do América-MG, junto com Jacy, também do Fantasma, que estava próximo. Em seguida, eles foram até o árbitro para falar sobre o ocorrido.

Miguelito, acusado de ser o autor do ato discriminatório contra Allano, foi denunciado pela Procuradoria no artigo 243-G do CBJD, com possibilidade de pena de suspensão por 10 partidas e multa de R$ 100 mil reais. O árbitro Alisson Sidnei Furtado utilizou o protocolo antirracista da Fifa e da CBF, sinalizando com os braços cruzados, na altura do peito, em forma de “X”. A partida ficou paralisada por 15 minutos, com discussão entre os jogadores e a espera do árbitro para uma possível verificação de imagens, e foi retomada sem alterações ou cartão. A denúncia de injúria racial consta na súmula.

Após o término da partida, o autor, a vítima e a testemunha foram conduzidos por uma equipe da Polícia Militar até a sede da 13ª Subdivisão Policial. Após ouvir os envolvidos, foi dada voz de prisão em flagrante a Miguelito pelo crime previsto na Lei nº 7.716/89. Miguelito foi liberado no dia seguinte da prisão em Ponta Grossa e vai responder em liberdade pela denúncia de injúria racial contra o atacante Allano. A investigação segue e o Ministério Público pode denunciar o atleta. A Polícia Civil já estabeleceu contato com os canais de transmissão da partida para obter imagens que possam ter registrado a fala racista.

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