Milan e Inter de Milão receberam o sinal verde da Câmara Municipal de Milão para a construção de um novo estádio que substituirá o lendário San Siro. A votação, que durou até a madrugada, autorizou a venda da região onde está localizada a atual arena, por um valor de 197 milhões de euros, possibilitando que os dois clubes se tornem proprietários do novo estádio.
A sessão, marcada por diversas emendas apresentadas por grupos contrários à venda, terminou com um placar apertado de 24 votos a favor e 20 contra. Agora, Milan e Inter precisam cumprir as exigências burocráticas até 10 de novembro para finalizar a compra, sob pena de o San Siro não poder mais ser demolido após essa data, conforme previsto no projeto.
O novo estádio, com capacidade para 71.500 espectadores, será construído ao lado do atual San Siro. Inicialmente previsto para estar pronto em 2027, as exigências legais, incluindo a autorização da Câmara, adiaram o prazo de inauguração. A previsão agora é de que o estádio seja aberto em 2031, a tempo de sediar a Eurocopa do ano seguinte, que será organizada em conjunto por Itália e Turquia.
Enquanto a construção do novo estádio não é iniciada, Milan e Inter continuarão jogando no San Siro, que foi inaugurado em 1925 e teve como primeiro jogo um “Derby della Madonnina” vencido pela Inter por 6 a 3 sobre o Milan. O estádio foi rebatizado de Giuseppe Meazza em 1980, em homenagem ao ex-jogador que atuou pelos dois clubes e foi bicampeão da Copa do Mundo.
Embora nunca tenham tido posse legal do San Siro, Milan e Inter são responsáveis pela administração do estádio, manutenção do gramado e outros aspectos, em um regime similar ao de Flamengo e Fluminense no Maracanã. A união desses dois clubes históricos para a construção de um novo estádio representa não apenas uma evolução no cenário esportivo de Milão, mas também uma forma de manter a tradição e rivalidade viva. Com o apoio da Câmara Municipal, o projeto está mais próximo de se tornar realidade.