Javier Milei anunciou na segunda-feira 24 a suspensão do sigilo dos arquivos da Secretaria de Inteligência do Estado (Side) sobre a ditadura da Argentina (1976-1983). O anúncio ocorreu no Dia da Memória, data que homenageia as vítimas da repressão. A medida é vista como um gesto controverso, uma vez que o governo argentino já vem relativizando a tirania dos generais e é acusado de realizar um revisionismo histórico. Este movimento de Milei levantou debates sobre transparência, memória e justiça. O objetivo é trazer à luz informações que possam contribuir para a compreensão dos horrores vividos durante esse período sombrio da história argentina. A decisão foi criticada por setores que acreditam que a abertura dos arquivos pode desencadear conflitos e divisões na sociedade. Por outro lado, defensores da medida argumentam que é fundamental para a verdade histórica e para a garantia de que eventos tão traumáticos não se repitam. Além disso, a ação de Milei foi interpretada como um posicionamento contra a tentativa de apagar ou minimizar os crimes da ditadura, que ainda ecoam no país.