Milhares de pessoas foram às ruas neste domingo, 20, em Nova York e em diversas outras cidades dos Estados Unidos para protestar contra o presidente Donald Trump. Foi o segundo fim de semana consecutivo de mobilizações em todo o país, conforme informou a agência France-Presse (AFP).

Em meio aos atos, cartazes exibiam frases como “Nenhum rei na América” e “Resista à tirania”, além de imagens de Trump com um bigode semelhante ao de Adolf Hitler. Os manifestantes demonstraram preocupação com os rumos da democracia americana e, em especial, com as políticas anti-imigração promovidas durante o governo do republicano.

“A democracia corre grande perigo”, afirmou Kathy Vali, de 73 anos, descendente de sobreviventes do Holocausto. Ela comparou o cenário atual nos Estados Unidos com o contexto europeu da década de 1930, durante a ascensão do nazismo. “A diferença com os outros fascistas é que Trump é demasiado estúpido para ser eficaz, e sua equipe está dividida”, disse.

Os protestos ganharam força após a recente decisão do Supremo Tribunal, que suspendeu a aplicação de uma antiga lei de 1798 sobre “inimigos estrangeiros”, utilizada para justificar a expulsão de imigrantes. Um dos principais gritos dos manifestantes em Nova York foi: “Os imigrantes são bem-vindos aqui”.

A capital Washington também foi palco de manifestações, ao lado de outras cidades em todos os 50 estados. Os atos foram organizados pelo movimento 50501, cujo nome faz referência à meta de realizar 50 manifestações simultâneas em cada estado do país.

De acordo com o site do grupo, o movimento é “uma resposta rápida e descentralizada às ações antidemocráticas e ilegais da administração Trump e dos seus aliados plutocráticos”. A organização afirmou que cerca de 400 protestos estavam planejados para o domingo.

Ainda não há números oficiais sobre o total de participantes, já que muitos departamentos de polícia se recusaram a divulgar estimativas.