Yuri Garcez Honorato, morto em um carro metralhado na Zona Oeste do Rio, era investigado por suspeita de integrar uma milícia. Essa conexão criminosa pode ter sido o motivo por trás do ataque que ocorreu na Rodovia BR-101, em Campo Grande, onde uma mulher e um bebê também foram baleados. A mulher, identificada como Letícia de Melo Noronha, não resistiu aos ferimentos e faleceu, enquanto o bebê permanece em estado grave em um hospital da região. Este lamentável incidente chocou a comunidade e expôs mais uma vez a violência presente nas ruas do Rio de Janeiro.
Yuri Honorato estava envolvido em um processo junto a outras nove pessoas por constituição de milícia privada e posse ilegal de armas de uso restrito. O caso tramitava na 1ª Vara Criminal Especializada em Organizações Criminosas, no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Conforme investigações da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais, Yuri era suspeito de fazer parte da milícia liderada por Jefferson Araújo dos Santos, conhecido como Chica, atuante em Seropédica, na Baixada Fluminense.
No entanto, a ligação de Yuri com a milícia não é a única história sinistra por trás desse episódio. Ele também foi relacionado a um tiroteio, no centro da cidade, entre sua facção e um grupo paramilitar rival liderado por Gilson Ingrácio de Souza Junior. Naquele momento, um estudante universitário foi atingido por uma bala perdida e veio a falecer. A disputa por territórios entre esses grupos criminosos tem gerado violência constante na Baixada Fluminense e na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
A milícia de Chica, aliada ao Terceiro Comando Puro e em conflito com outros grupos locais, como o de Juninho Varão e remanescentes da milícia de Luís Antônio da Silva Braga, também conhecido como Zinho, mantém uma presença opressiva em diversas comunidades. Além disso, traficantes do Comando Vermelho buscam dominar áreas em Campo Grande, atualmente controladas por milicianos. Esses confrontos deixam um rastro de morte e insegurança para a população local.
O crime que resultou na morte de Yuri, Letícia e no ferimento do bebê ocorreu durante a noite, na Rodovia BR-101. O veículo em que estavam foi encontrado em um matagal às margens da pista, indicando a violência extrema do ataque. As autoridades, incluindo a Polícia Rodoviária Federal e a Delegacia de Homicídios da Capital, estão empenhadas em investigar o caso e levar os responsáveis à justiça. A comunidade espera por respostas e por medidas efetivas para combater a criminalidade que assola a região. Este trágico evento serve como um lembrete da urgência de se lidar com as organizações criminosas que atuam impunemente nas ruas do Rio de Janeiro.




