Milícias do Rio de Janeiro intensificam exploração financeira em diversos serviços, revela secretário de Segurança. Apreensão de R$ 43 milhões em operação contra facção.

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Facções criminosas que atuam no Rio de Janeiro aprenderam com as milícias a fortalecer seu braço financeiro explorando diversos serviços, como internet, água, luz, gás, transporte e construção civil. O secretário de Segurança Pública, Victor Santos, revelou que as organizações criminosas, como o Terceiro Comando Puro (TCP) do Complexo da Maré, têm até um “banco paralelo” para oferecer empréstimos a moradores. A ação policial contra o TCP resultou na apreensão de cerca de R$ 43 milhões movimentados pelo grupo em um ano.

Segundo Santos, as facções criminosas expandiram suas atividades para além do tráfico de drogas, atuando em diversos tipos de serviços para obter mais lucro. Ele ressaltou que a estrutura financeira das quadrilhas precisa ser desarticulada, pois é parte fundamental de suas operações. O secretário destacou a integração entre os estados como uma medida importante no combate ao crime organizado, ressaltando que a questão da segurança pública é complexa e exige ações de curto, médio e longo prazo.

O domínio territorial exercido pelo tráfico de drogas permite que as facções imponham suas regras aos moradores, interferindo em suas escolhas e até mesmo controlando sua vida cotidiana. Santos enfatizou que o “banco paralelo” operado pelos traficantes na Maré é mais uma forma de subjugar a população, obrigando-os a fazer empréstimos informais com condições desfavoráveis. Os moradores são pressionados a aceitar os empréstimos sob coerção, contribuindo para a perpetuação do domínio criminoso na região.

A operação contra o TCP e seu braço financeiro na Maré visa desarticular a estrutura que sustenta a atuação dessas facções, visando devolver o estado às pessoas de bem. Santos ressaltou que a luta contra o crime organizado requer uma abordagem ampla, que envolve aspectos financeiros, estruturais e sociais. A cooperação entre os diferentes entes federativos é crucial para enfraquecer as organizações criminosas, impedindo que exerçam controle sobre as comunidades e submetam os moradores à sua vontade.

Para o secretário, a população precisa compreender que as operações policiais visam proteger vidas e garantir a segurança da comunidade, mesmo diante dos riscos de confronto. Ele ressaltou a importância de um plano de segurança pública abrangente, que inclua ações imediatas e a longo prazo para combater a criminalidade de forma eficaz. A integração entre as autoridades locais, estaduais e federais é essencial para enfrentar os desafios da segurança pública e restaurar a ordem nas áreas afetadas pela atuação das facções criminosas.

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