Militante do Fórum Trans de Goiás fala sobre a luta por direitos dessa população

Cristiany Beatriz Santos é uma mulher transexual, militante do Fórum Trans de Goiás e representante do estado na Rede Trans Brasil, participou da entrevista em nosso estúdio para falar sobre o Dia Internacional da Mulher junto com Historiadora, Yordanna Lara. E pontuou que a data oito de março não é uma data comemorativa para as mulheres, mas sim de luta, Cristiany  falou sobre a realidade das pessoas trans, que também estão em uma constante luta de direitos e principalmente, de sobrevivência.

“Nós tivemos o dia da visibilidade trans, que é em 29 de janeiro, e a gente também não tem o que comemorar, a gente tinha o que agradecer. Agradecer por estar vivas e vivos, porque o Brasil hoje é o país que mais mata pessoas trans no mundo, então infelizmente nessas datas a gente não tem o que comemorar, a gente tem que ta essa constante tentativa de existência e resistência”, afirma.

Além de ressaltar que a luta pela garantia de direitos da população LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) não se trata de uma luta por privilégios, mas sim de uma luta por respeito. “Não é privilégio você sair na rua e ser violentada pelo simples fato de ter uma identidade de gênero diferente. Então infelizmente a gente tem que ir pra rua, tem que mostrar a cara e reivindicar, e aquilo que a gente reivindica é o respeito. Porque ninguém tem o dever de aceitar, mas tem o dever de respeitar”, acrescenta.

O Fórum Trans de Goiás é uma ONG (Organização Não Governamental) criada em 2003 por um grupo de pessoas trans que tinham como missão acompanhar as pessoas no pré e pós cirúrgico, além de ter vários projetos sociais nos quais discutem questões relacionadas a políticas públicas, melhorias e garantia de direitos para essa população.

Goiânia é um dos 400 municípios credenciados por todo o Brasil para a realização da cirurgia de redesignação sexual feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para quem quiser fazer a transição ou quem se identifica como trans e quer fazer uma terapia hormonal, a primeira etapa é ir a uma unidade de saúde e pegar um encaminhamento para o processo  e aguardar  ser chamado para ser iniciado no Hospital das Clínicas ou no Hospital Alberto Rassi (HGG).

Para Cristiany, é importante também ressaltar que o dia oito de março é uma data para as mulheres darem as mãos e lembrarem das várias mulheres que há no mundo e que essa diversidade está lutando para existir e resistir a esse sistema que vem sendo imposto. “E quando a gente fala em luta, a gente não está falando em guerra, a gente não quer guerrear com a sociedade, é uma luta por direitos seja na educação, na saúde, no mercado de trabalho e por respeito”, explica.

Foto: Walter Peixoto

Quem quiser assistir a entrevista completa é só entrar em nossa página no Facebook: https://www.facebook.com/DiariodoEstado/videos/2030675727215864/

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Ex-marqueteiro de Milei é indiciado pela PF por tentativa de golpe

Fernando Cerimedo, um influenciador argentino e ex-estrategista do presidente argentino Javier Milei, é o único estrangeiro na lista de 37 pessoas indiciadas pela Polícia Federal (PF) por sua suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado no Brasil. Essas indecisões foram anunciadas na quinta-feira, 21 de novembro.

Cerimedo é aliado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e teria atuado no ‘Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral’, um dos grupos identificados pelas investigações. Além dele, outras 36 pessoas foram indiciadas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta seu terceiro indiciamento em 2024.

Em 2022, o influenciador foi uma das vozes nas redes sociais que espalhou notícias falsas informando que a votação havia sido fraudada e que, na verdade, Bolsonaro teria vencido Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas.

Além disso, ele também foi responsável por divulgar um ‘dossiê’ com um conjunto de informações falsas sobre eleições no país. Em vídeos, ele disse que algumas urnas fabricadas antes de 2020 teriam dois programas rodando juntos, indicando que elas poderiam ter falhas durante a contagem de votos.

Investigações

As investigações, que duraram quase dois anos, envolveram quebras de sigilos telemático, telefônico, bancário e fiscal, além de colaboração premiada, buscas e apreensões. A PF identificou vários núcleos dentro do grupo golpista, como o ‘Núcleo Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado’, ‘Núcleo Jurídico’, ‘Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas’, ‘Núcleo de Inteligência Paralela’ e ‘Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas’.

Os indiciados responderão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. A lista inclui 25 militares, entre eles os generais Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, todos ex-ministros de Jair Bolsonaro. O salário desses militares, que variam de R$ 10.027,26 a R$ 37.988,22, custa à União R$ 675 mil por mês, totalizando R$ 8,78 milhões por ano.

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