Militares apreendem mais de 2 mil armas brancas em dez presídios no Brasil

Em 46 dias, militares da Marinha, da Aeronáutica e do Exército que integram as equipes autorizadas a vistoriar os presídios brasileiros em busca de itens ilícitos apreenderam mais de 2 mil armas brancas e 271 celulares.

Os artefatos foram encontrados em 10 presídios de cinco estados que pediram ao Ministério da Defesa o apoio das Forças Armadas: Amazonas, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Norte e Mato Grosso do Sul.

As ações da primeira etapa da Operação Varredura ocorreram entre 17 de janeiro e 3 de março, em articulação com o Ministério da Justiça e Segurança Pública e com os órgãos de segurança dos governos estaduais.

Também foram encontrados acessórios (160) e baterias (29) para celular; tabletes de entorpecentes (18); trouxinhas de drogas (45), recipientes com bebidas alcoólicas (seis), substâncias suspeitas (185) e itens de posse proibida, como dinheiro ou eletrodomésticos (3.038).

Três estabelecimentos prisionais inspecionados foram, recentemente, palco de rebeliões e assassinatos de detentos: a Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, região metropolitana de Natal; a Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, zona rural de Boa Vista; e o Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus.

As outras unidades carcerárias vistoriadas foram a Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa (AM), Penitenciária Estadual de Parnamirim (RN), Penitenciária Agrícola de Mossoró (RN), Cadeia Pública de Mossoró (RN), Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho (MS), Cadeia Pública de Natal (RN) e a Casa de Detenção José Mário Alves da Silva/Urso Branco (RO).

Segundo o Ministério da Defesa, cerca de 4 mil homens da Marinha e do Exército participaram das 10 primeiras operações. Foram usados equipamentos modernos como detectores por raio X e de metais, que foram empregados em grandes eventos, como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.

Fonte: Agência Brasil

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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