Os sargentos da Polícia Militar Alda Nery, Erisson Nery e da administradora Darlene Oliveira,contaram a história do risal, que mora na cidade de Brasileia, no interior do Acre. Eles estão há quase um ano em um poliamor e comemoram, neste sábado 12, o primeiro Dia dos Namorados juntos.
A história começou em 2000, com o casamento dos militares Alda e Erisson, que tiveram dois filhos, um de 17 e outro de 13 anos. Recentemente, Darle se tornou um elo na relação.
Alda foi quem tomou a iniciativa e começou a conversar com Darlene em uma rede social. Como a administradora estava em um relacionamento e, até então, a conversa era de amizade, no entanto, após o fim do relacionamento, começaram a sair e desde então, os três não se separaram mais.
Alda ainda conta que antes disso passou por um processo de descoberta depois do casamento com Melo. “Eu já sabia que gostava de mulher também, só que essa descoberta só veio depois que casei. O Nery era bem mais experiente e percebeu algumas coisas em mim e foi ele quem viu que eu gostava.”
Após isso, Alda se relacionou com outras duas mulheres, em relações que não foram duradouras. Após três anos, ela conheceu Darlene. Quando tudo mudou.
Eles estão há seis meses morando na mesma casa. O convite foi feito por Alda, quando ela e Melo iam fazer uma mudança. “perguntei porque ela [Darlene] não entregava o apartamento e foi assim. Estamos morando juntos há seis meses.”
Os três tornaram a relação pública a pouco tempo. Criaram uma rede social, com perfil administrado pelos três, onde postam a rotina e interagem com as pessoas.
“Como a gente gosta dela e ela gosta da gente, íamos sair e dizer que ela é o que nossa? Minha amiga, minha prima? E as pessoas viriam dar em cima dela e a gente ia ficar com a cara mexendo? Então, se gostamos o suficiente para estar com ela, tem que gostar para assumir para a sociedade porque ela nunca foi só sexo”, disse Alda.
Ao G1, Alda disse que o relacionamento é algo leve entre eles e com os filhos. Muitos alimentam ‘preocupações’ sobre o trisal, mas ela afirma que foram criados para respeitar as pessoas.
“As pessoas estão criando filhos preconceituosos, intolerantes que não respeitam a decisão e sexualidade dos outros, o amor dos outros. Criei meus filhos para respeitar as pessoas e amá-las, respeitar suas escolhas e levar em consideração o caráter das pessoas”, disse a mãe.
Erisson também defende os filhos e destaca que em relação a eles, colhem os frutos da educação que deram.
“A gente hoje colhe os frutos da boa criação que demos aos nossos filhos. Porque eles foram criados para respeitar as pessoas como elas são, assim como nós fazemos. Eles têm essa maturidade, bem antes de a gente sonhar com isso”, disse.