Militares do Exército são presos suspeitos de fraudar certificados de armas em Goiás e Distrito Federal

Na manhã desta terça-feira, 26, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpriu seis mandados de prisão e 26 de busca e apreensão contra um grupo criminoso que cobrava valor em dinheiro para facilitar ou fraudar certificados de arma de fogo. Militares do Exército fazem parte dos presos. Eles trabalhavam no departamento de controle e fiscalização de armas, e conforme a PCDF, atuavam facilitando a posse, porte, ou comercialização das armas no DF e no estado de Goiás

As prisões foram feitas em Luziânia e no Distrito Federal. De acordo com a polícia, as investigações da Operação informaram que militares da ativa do Exército Brasileiro, integrantes do Sistema de Fiscalização de Produtos Controlados de algumas Organizações Militares vinculadas à 11ª Região Militar, associados a Colecionadores, Atiradores e Caçadores (CACs), expedir o certificado de Registro de Arma de Fogo (CRAF)  para pessoas que não possuíam os requisitos legais.

Ainda de acordo com a corporação, que teve apoio do Exército durante as investigações, os militares cobravam para realizar a inserção de dados e informações falsos no Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (Sigma), objetivando proporcionar a concessão ou revalidação de Certificados de Registros (CR) de CACs e a concessão de CRAFs.

Foram seis meses de investigação que mostraram a atuação do grupo criminoso, com 18 membros, atuante no DF e voltado, há dois anos, à posse, porte e comércio ilegais de arma de fogo. 

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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