Militares gastaram verba para Covid com picanha e salgadinhos, aponta TCU

TCU

O Tribunal de Contas da União ( TCU) descobriu que o Ministério da Defesa e as Forças Armadas usaram os recursos destinados ao enfrentamento da pandemia da Covid irregularmente para a compra e consumo de itens como picanha, sorvetes, refrigerantes e salgadinhos. As informações fazem parte de uma auditoria interna da instituição.

A conclusão se baseou na análise de R$ 15,6 milhões de despesas realizadas pela Defesa e Forças Armadas com recursos enviados pelo Ministério da Saúde para ressarcir o apoio logístico prestado em ações durante a pandemia em 2020 e 2021.

Entre as irregularidades, o TCU identificou R$ 256 mil de gastos do Exército com salgados típicos para serem servidos em coquetel, sorvetes e refrigerantes.  Os itens foram pagos com verbas de ressarcimento da covid.

Os auditores destacaram que a comida adquirida com as verbas apresentavam baixo valor nutritivo e não atenderiam a finalidade nutricional para os soldados. “Muito provavelmente não teriam sido utilizadas para o reforço alimentar da tropa empregada na Operação COVID-19”, consta no relatório.

Houve ainda a compra de 12 mil quilos de carne bovina nobre, como filé mignon e picanha, por apenas duas organizações militares pelo montante de R$ 447 mil.

Auditoria

De acordo com o documento, o gasto representa 22% do total distribuído por todas as unidades do Exército com carne bovina em geral – o valor total foi de R$ 2 milhões adquiridos por 45 organizações militares.

A instituição ressaltou a existência de uma normativa interna do Exército que autoriza a compra de cortes bovinos nobres. Porém, deve atender aos princípios da legalidade, razoabilidade e do interesse público.

“Nesse sentido, entende-se que violou tais princípios a utilização de recursos tão caros à sociedade, oriundos de endividamentos da União que agravaram ainda mais a crise econômica e social vivenciada pelo Brasil, para a aquisição de artigos de luxo, quando disponíveis alternativas mais baratas e que igualmente cumpriam a finalidade pretendida”, aponta o documento.

Os auditores também observaram que cerca de 50% das despesas com gastos alimentícios do Exército beneficiaram organizações que não possuíam soldados e não são habitualmente destinadas para ações em campo. “Se confirmado, afastaria o argumento de maior gasto calórico por desgaste físico em operações militares para justificar as aquisições dos gêneros alimentícios questionados”, frisa o TCU.

O trabalho de apuração revelou ainda que organizações militares destinaram recursos advindos do crédito extraordinário para enfrentamento à pandemia em despesas de manutenção de imóveis, o que não preenchia os requisitos de imprevisibilidade e urgência. Ao todo, foi gasto quase R$ 2 milhões com recursos da covid para esse fim, excluindo os hospitais militares.

Foram realizadas obras de reformas em várias unidades, como adaptação de instalações para construção de alojamentos e salas de instrução, troca de pisos e telhado em unidades militares em uso. Uma única unidade apresentou o gasto de R$ 48 mil com a troca de persianas, sem ter comprovado que era algo imprescindível para possibilitar a realização dos trabalhos de enfrentamento à pandemia.

O TCU, destacou que há planejamento orçamentário ordinário específicos para serem destinados a esse tipo de finalidade, previstas no orçamento dos órgãos militares. Os auditores ponderaram ser inquestionável que as Forças Armadas prestaram apoio essencial e imprescindível na pandemia, sem o qual o número de vítimas poderia ser ainda mais expressivo.

Apesar disso, a investigação constatou a “ausência de integral comprovação físico/financeira da execução dos serviços objeto das descentralizações de recursos e ausência de discriminação dos bens e serviços contratados objeto dos pedidos de repasse financeiro, o que impossibilitou análise de sua compatibilidade com o apoio logístico realizado”, destacaram. A abertura de um novo processo para aprofundar as investigações será instaurado.

 

 

 

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Natal do Bem amplia acesso com nova entrada pela BR-153

O acesso via BR-153 é novidade na edição do Natal do Bem 2024, em Goiânia. Este ano, o evento conta com seis áreas de estacionamento, sendo duas próximo à rodovia federal. Ao todo, são 12 mil vagas rotativas e gratuitas disponíveis para os visitantes.

Para chegar ao Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON) pela BR-153, é necessário seguir pela marginal no primeiro ponto de acesso – próximo à Universidade Paulista (Unip), virar à direita na Rua Recife/Araxá, fazer o retorno, virar à direita na Alameda Barbacena e, por fim, virar à esquerda na Rua 106.

Para quem preferir outro percurso, pode fazer o trajeto pela GO-020, virar à direita na Avenida Doutor José Hermano e seguir até os pontos de estacionamentos próximos ao CCON. Há equipes técnicas em todos os locais para orientar os visitantes.

Em todos os acessos (vias BR-153 e GO-020), há também pontos de embarque e desembarque para usuários de transporte por aplicativos.

Para os usuários do transporte coletivo, o Natal do Bem conta, este ano, com duas linhas exclusivas e gratuitas: uma com ponto de embarque e desembarque no Deck Sul 1 do Flamboyant Shopping, e outra com ponto em frente ao Museu Zoroastro, na Praça Cívica.

As linhas funcionam de terça-feira a domingo, das 18 às 23 horas. A Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC) também opera duas linhas regulares que atendem o itinerário até o local do evento: a 990, com parada no Terminal Praça da Bíblia, e a 991, no Terminal Isidória.

O Natal do Bem é uma iniciativa do governo estadual, por meio do Goiás Social e Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), e conta com entrada, estacionamentos e mais de 300 atrações culturais gratuitas.

O complexo natalino possui mais de 30 mil metros quadrados, quase três milhões de pontos de luz e uma Árvore de Natal de 40 metros de altura. A expectativa é que 1,5 milhão de pessoas visitem o evento, que segue até 5 de janeiro, de terça-feira a domingo, das 18 às 23 horas.

O evento conta com os patrocínios da Saneago, Flamboyant Shopping, Flamboyant Urbanismo, O Boticário, Sicoob, Sistema OCB, Equatorial e Mobi Transporte.

Mapa dos acessos ao Natal do Bem:

 

 

 

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