Militares russos afirmam que 85% da Síria está livre do Estado Islâmico

O chefe das forças russas na Síria, Alexander Lapin, afirmou nesta terça-feira (12) que 85% do território sírio está livre de combatentes do Estado Islâmico (EI), como resultado das operações realizadas na semana passada pelo Exército do país com o apoio da aviação russa. A informação é da Agência EFE.

“Na última semana, as forças governamentais sírias tiveram grandes conquistas nas regiões oriental e central do país, e como resultado libertaram 85% do território de combatentes do EI”, disse o general.

Em videoconferência da Síria, Lapin acrescentou que para libertar todo o país dos “grupos terroristas Estado Islâmico e Frente al Nusra” só restam 27,8 mil quilômetros quadrados.

Durante a última semana, as tropas sírias libertaram oito localidades, mas, segundo o general, apesar de importantes baixas, os extremistas “continuam oferecendo uma forte resistência”. De acordo com Lapin, os aviões russos destruíram cerca de 180 alvos dos jihadistas na Síria durante um dia.

“Somente ontem, para apoiar a ofensiva do Exército sírio na zona de Akerbat, os aviões da Força Aérea russa realizaram mais de 50 voos, durante os quais foram destruídos cerca de 180 alvos da infraestrutura de grupos armados”, explicou.

O general russo explicou que a cidade de Akerbat, tomada dos terroristas, tem uma importância estratégica como um nó de transporte.

“Desta forma, foram bloqueadas as vias de fornecimento de munição e recursos materiais aos terroristas”, disse.

Lapin apontou que os militares russos já forneceram mais de 50 toneladas de ajuda humanitária à população dos territorios libertados de terroristas.

Fonte: Agência Brasil

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Avião da Embraer pode ter sido abatido por sistema de defesa russo, indicam fontes

O acidente com o avião da Azerbaijan Airlines que deixou 38 mortos na última quarta-feira pode ter sido causado por um sistema de defesa aérea russo, segundo informações obtidas pela agência Reuters. A suspeita foi inicialmente levantada por Andriy Kovalenko, membro da segurança nacional ucraniana, que mencionou imagens mostrando coletes salva-vidas perfurados. Especialistas em aviação e militares corroboraram a análise, e até mesmo a mídia russa considerou a possibilidade de a aeronave ter sido confundida com um drone ucraniano.

Enquanto isso, as autoridades russas e do Cazaquistão pedem cautela. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, declarou que especulações sobre as causas são prematuras, e o presidente do Senado do Cazaquistão, Mäulen Äşimbaev, reforçou que a investigação está em andamento, garantindo transparência nos resultados.

O avião, que partiu de Baku, capital do Azerbaijão, com destino a Grozny, na Rússia, desviou significativamente de sua rota antes de cair no Cazaquistão. A companhia aérea inicialmente sugeriu que o acidente poderia ter sido causado por colisão com aves, mas especialistas descartaram essa hipótese. Serik Mukhtybayev, especialista cazaque, e o brasileiro Lito Sousa destacaram que os danos nos destroços apontam para uma causa externa, possivelmente relacionada a um ataque.

Relatos e análises reforçam a teoria de que o avião foi atingido por um míssil. Um piloto militar francês, sob anonimato, afirmou que os danos na cauda são consistentes com explosões de estilhaços. O blogueiro russo Yuri Podolyaka também mencionou sinais típicos de sistemas antiaéreos.

Dados do site Flightradar24 mostram que o avião enfrentou interferências de GPS antes do acidente, algo já atribuído à Rússia em ocasiões anteriores. A Chechênia, destino final do voo, havia sido alvo de ataques com drones no mesmo período, segundo informações locais.

O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, evitou especular, atribuindo o desvio de rota ao mau tempo. A caixa-preta do avião foi recuperada e será analisada para determinar a causa do acidente. Das 67 pessoas a bordo, 29 sobreviveram, sendo que 11 permanecem em estado grave.

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