Tecnicamente, os militares nunca se aposentam, já que apenas vão para a reserva. No entanto, ficam sempre à disposição das Forças Armadas. Mesmo assim, neste semana, o Senado aprovou em votação simbólica uma Reforma para a Previdência das Forças Armadas que incluem os militares, bombeiros e policiais militares.
A votação de apenas 24 minutos contou com as presenças do ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, e da Secretaria de Governo, por meio do general Luiz Eduardo Ramos. Os profissionais ganharam algumas vantagens em relação aos aposentados do serviço público ou iniciativa privada: receberão salários integrais e não terão idade mínima obrigatória para encerrar as atividades.
De contribuição, a classe deve devolver a taxa de 10,5% (no ano passado, era de apenas 7,5% do salário). Segundo o Governo, a carreira militar tem especificidades, e por isso deve ser tratada de modo distinto. Mesmo com suas vantagens, o tempo de contribuição subiu de 30 para 35 anos, com pelo menos 25 anos pelo serviço militar.
O salário que o aposentado deve receber é igual ao seu último pagamento, com reajustes da moeda. Com o texto em voga, o Governo deve economizar cerca de R$ 10,45 bilhões numa década.