Mineradora terá que pagar exames para moradores de Campos Verdes

Por decisão judicial a Mineradora Maracá terá que pagar exames para 1.526 moradores da cidade de Campos Verdes, localizada no norte de Goiás.

O motivo é que os moradores apresentaram quadro de dores de cabeça, febre e doenças gastrointestinais após beberem água do Rio dos Bois, que abastece a cidade.

Até aí, tudo bem. Só que um laudo comprovou a contaminação do manancial com metais provenientes de despejos da mineradora no manancial. Além do problema de saúde provocado na população, peixes também apareceram mortos no curso do Rio.

Por meio de nota enviada ao G1 Goiás a mineradora disse que foi notificada pela Justiça, que não concorda com o laudo sobre os impactos ambientais e que pretende recorrer da decisão.

A Justiça pediu os exames para verificar os níveis de metais pesados no organismo dos cidadãos que tiveram o problema identificado pelo SUS de Campos Verdes.

A decisão judicial foi tomada com análise de documentos, relatórios médicos e estudos realizados pela Saneago para verificar a qualidade da água. Foi encontrado dejetos e resíduos tóxicos de alta periculosidade como alumínio, cobre, ferro, manganês, zinco, níquel, cádmio e fósforo.

A Saneago não está captando água no Rio dos Bois para abastecer Campos Verdes. Os moradores contam agora com água de poços artesianos.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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