É necessário um canal unificado de denúncia para lidar com os desafios enfrentados por crianças em redes sociais. A Secretária de Direitos Digitais, Lilian Melo, detalhou uma iniciativa do governo para desenvolver um aplicativo que restrinja o acesso de crianças a conteúdos inapropriados nessas plataformas. Recentemente, no Distrito Federal, uma menina de 8 anos faleceu após inalar desodorante aerossol em um desafio online.
Durante uma entrevista para o Em Ponto, da GloboNews, a Secretária de Direitos Digitais do Ministério da Justiça, Lilian Melo, ressaltou a importância de estabelecer um canal de denúncias para lidar com os desafios enfrentados por crianças na internet. A tragédia envolvendo a menina de 8 anos serviu como alerta para a necessidade de ações efetivas nesse sentido.
Lilian Melo destacou que 56 crianças perderam a vida no último ano no Brasil devido a desafios online, porém não detalhou a fonte dos dados. Esse número supera o total de crianças mortas por balas perdidas no Rio de Janeiro em um período de quatro anos, de acordo com a ONG Rio de Paz. A necessidade de um canal de denúncia unificado é fundamental para combater crimes desse tipo.
O Ministério da Justiça planeja criar um aplicativo para restringir o acesso de crianças a conteúdos inadequados na internet. A secretária ressaltou que a classificação etária atualmente utilizada não é eficaz para evitar o acesso inadequado. Plataformas como TikTok, Instagram e Youtube possuem uma classificação indicativa de 14 anos, o que pode não ser suficiente para proteger as crianças.
A classificação etária é uma prática comum em peças audiovisuais, como filmes e séries, e já é aplicada em aplicativos de redes sociais. No entanto, Lilian Melo enfatiza a necessidade de pensar em soluções mais abrangentes para proteger o público infantil nesse ambiente digital. É fundamental garantir que onde há crianças, haja também conteúdo apropriado e seguro para elas navegarem sem riscos.
A segurança das crianças na internet é uma prioridade e a criação de um aplicativo para restringir o acesso a conteúdos inadequados é um passo importante nesse sentido. Lilian Melo destaca a importância de ir além da verificação etária autodeclarada e trabalhar para garantir um ambiente online seguro e saudável para os usuários mais jovens. É necessário construir medidas eficazes para proteger as crianças no universo virtual.