Ministério da Saúde alerta para baixa no estoque de insulina rápida no SUS

O estoque de insulina de ação rápida, chamado de caneta, pode chegar ao fim nas farmácias do Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de junho deste ano. A possibilidade foi divulgada em relatórios do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Ministério da Saúde (MS). O risco de desabastecimento do remédio afeta diretamente a qualidade de vida de vários pacientes insulinodependentes, que sem a medicação podem sofrer inúmeras consequências como a piora da doença e até morte.

As canetas de insulinas são medicamentos imprescindíveis para pessoas portadores de diabetes. A pasta esclareceu em nota que, por falta de capacidade de oferta dos fornecedores internacionais com registro no Brasil, não foram apresentadas propostas para atender à demanda no SUS.

Para evitar o desabastecimento, compras emergenciais do produto estão em andamento. A produção local de insumos para reduzir a dependência internacional do Brasil também está sendo estimulada. A gravidade da situação com o estoque tão baixo obrigou o Ministério da Saúde a considerar a opção de realizar compras da versão em frasco da insulina regular, o que não é bem visto por entidades de saúde devido aos riscos para o paciente.

“Diante das dificuldades apresentadas na aquisição das insulinas análogas de ação rápida, uma das alternativas propostas para evitar o desabastecimento do produto farmacêutico na Rede é a aquisição de frascos de insulina análoga de ação rápida, de forma excepcional. Essa alternativa de distribuição [por frascos] apenas será considerada caso as tratativas de aquisição de caneta de 3 ml não tenham resultados positivos para atendimento da Rede-SUS””, informa a pasta.

A insulina é estratégica no controle da diabetes mellitus tipo 1. A doença acarreta a falha na produção de insulina, que precisa ser viabilizada de maneira artificial. Essa ação prevista pelo Ministério de Saúde, de substituir a insulina em caneta por insulina regular, causaria ainda mais transtornos aos pacientes. As ações da insulina regular e a de ação rápida têm efeitos diferentes no corpo. A primeira, tem uma resposta mais demorada, enquanto a de ação rápida age poucos minutos depois da aplicação e torna a substituição um processo complexo.

De acordo com a coordenadora da Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e Obesidade, Vanessa Pirolo, a volta da insulina em frasco seria um retrocesso. “A insulina em frasco utiliza seringa. A seringa representa uma forma de transporte mais complicada, porque a temperatura interfere diretamente no funcionamento [da insulina]. Em vez de durar 30 dias fora da geladeira, como a caneta, ela não vai poder durar nem um dia”, explica.

As entidades relacionadas ao tratamento da diabetes ainda apontam que a aplicação pela seringa traz uma dificuldade extra para o paciente, que deve calcular a dose certa de insulina. Seria um problema a mais para os usuários com deficiência visual, uma das consequências mais comuns da diabetes. “Se a insulina regular não for tomada no momento certo, ela pode acarretar um aumento brusco de glicemia e depois de hipoglicemia. Isso leva ao maior risco de complicações do diabetes”, destaca a coordenadora.

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Sisu 2025: inscrições começarão em 17 de janeiro

As inscrições para a edição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2025 começarão no dia 17 de janeiro e poderão ser feitas exclusivamente pela internet, no endereço https://acessounico.mec.gov.br/sisu até as 23 horas e 59 minutos do dia 21 de janeiro.

De acordo com o edital publicado pelo Ministério da Educação, o processo seletivo será constituído de uma única etapa. Os candidatos poderão se inscrever em até duas opções de vagas. O resultado da chamada regular será divulgado dia 26 de janeiro, no Portal Único de Acesso.

Estão aptos a participar da seleção os estudantes que tenham completado o ensino médio, participado da edição de 2024 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e não tenham zerado a prova de redação. Aqueles selecionados dentro do número de vagas disponíveis, na chamada regular ou por meio da lista de espera, deverão realizar a matrícula na universidade no período indicado no edital.

As vagas serão preenchidas pelas instituições segundo a ordem de classificação dos candidatos, de acordo com as notas obtidas no Enem. Não será permitido ao estudante selecionado optar pelo ingresso no primeiro ou no segundo semestre.

Cotas

Segundo informações do MEC, a classificação dos estudantes se dará, primeiramente, na modalidade ampla concorrência. A reserva de vagas ofertadas pela Lei de Cotas ocorrerá na sequência, com o “objetivo de beneficiar, sem distorções, os candidatos realmente demandantes de política compensatória para acesso ao ensino superior”.

Confira o cronograma

Inscrições 17 a 21 de janeiro
Chamada regular 26 de janeiro
Matricula ou registro acadêmico junto à instituição 27 a 31 de janeiro
Manifestação de interesse na lista de espera 26 a 31 de janeiro

 

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