Ministério da Saúde descobre que coronavírus chegou ao Brasil em janeiro

Ministério da Saúde informou nesta quinta-feira, 2, que houve um paciente hospitalizado em decorrência do novo coronavírus no Brasil no final de janeiro. A internação ocorreu por volta do dia 23 de janeiro, mais de um mês antes do primeiro caso conhecido de Covid-19no país, confirmado em 26 de fevereiro.

O caso é importado de outro país, mas não teve sua localidade divulgada. Ele foi descoberto após investigações retroativas de materiais colhidos de pacientes que sofreram internações em decorrência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). O exame realizado na amostra foi do tipo PCR, o mais confiável, e atestou positivo.

O secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, afirmou que algo semelhante ocorreu na epidemia de zika vírus, que ocorreu no país entre os anos de 2015 e 2016. “Inicialmente achávamos que os primeiros casos eram de abril de 2015. Um ano depois com investigação retrospectiva, descobrimos que tinham casos em bancos de sangue na região amazônica desde abril de 2014”.

Os estados estão investigando se houve mais ocorrências do tipo e este primeiro detectado seguirá sob análise.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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