Ministério de Saúde do Japão confirma primeiro óbito causado pelo vírus Oz

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O Ministério de Saúde do Japão confirmou o primeiro óbito causado pelo vírus Oz. O caso ocorreu na província de Ibaraki e a vítima era uma idosa de 70 anos de idade que possuía comorbidades, como altos níveis de gordura no sangue e hipertensão.

O governo japonês relatou que a mulher procurou uma clínica em 2022. A paciente estava com sintomas de febre alta, dores nas articulações, fadiga, perda de apetite e vômitos. Foram realizados testes de covid-19 e foi detectado que não havia sinal da doença. No entanto, ela recebeu tratamento com antibióticos devido à suspeita de pneumonia e, em seguida, foi liberada para observação domiciliar.

A paciente voltou a ser internada certo tempo depois. Durante a hospitalização, ela apresentou aos médicos alguns exames de sangue em que detectava uma diminuição de plaquetas, distúrbios no fígado e nos rins, reação inflamatória intensa e problemas no coração, com quadro de miocardite. 

Em seguida, os profissionais suspeitaram que seria uma infecção transmitida por artrópodes, já que encontraram picadas de carrapatos nela. Apesar dos diversos tratamentos, a paciente apresentou quadro súbito de fibrilação ventricular e não resistiu. Ao total, ela ficou 26 dias internada.

Vírus Oz

Há suspeitas de que o vírus Oz seja transmitido por carrapatos da espécie Amblyomma testidnarium, conhecido como “carrapatos de corpo duro”. Foi identificado pela primeira vez no Japão em 2018 e não há registro de infecções em outros países, segundo Ministério da Saúde local. 

Anticorpos contra o vírus foram identificados em animais selvagens, como primatas, veados e javalis, indicando a exposição ao patógeno. Além disso, dois caçadores também apresentaram defesas contra o vírus, sugerindo que foram infectados em algum momento.

Após a confirmação da causa do óbito, o Ministério da Saúde do Japão emitiu orientações para a população, enfatizando a importância de adotar precauções adequadas contra carrapatos. O governo recomendou o uso de roupas de mangas longas e aplicação de repelentes, principalmente ao circular por áreas com vegetação densa, como florestas. Essas medidas visam evitar o contato com esses parasitas.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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