Última atualização 29/06/2023 | 08:36
O Ministério de Saúde do Japão confirmou o primeiro óbito causado pelo vírus Oz. O caso ocorreu na província de Ibaraki e a vítima era uma idosa de 70 anos de idade que possuía comorbidades, como altos níveis de gordura no sangue e hipertensão.
O governo japonês relatou que a mulher procurou uma clínica em 2022. A paciente estava com sintomas de febre alta, dores nas articulações, fadiga, perda de apetite e vômitos. Foram realizados testes de covid-19 e foi detectado que não havia sinal da doença. No entanto, ela recebeu tratamento com antibióticos devido à suspeita de pneumonia e, em seguida, foi liberada para observação domiciliar.
A paciente voltou a ser internada certo tempo depois. Durante a hospitalização, ela apresentou aos médicos alguns exames de sangue em que detectava uma diminuição de plaquetas, distúrbios no fígado e nos rins, reação inflamatória intensa e problemas no coração, com quadro de miocardite.
Em seguida, os profissionais suspeitaram que seria uma infecção transmitida por artrópodes, já que encontraram picadas de carrapatos nela. Apesar dos diversos tratamentos, a paciente apresentou quadro súbito de fibrilação ventricular e não resistiu. Ao total, ela ficou 26 dias internada.
Vírus Oz
Há suspeitas de que o vírus Oz seja transmitido por carrapatos da espécie Amblyomma testidnarium, conhecido como “carrapatos de corpo duro”. Foi identificado pela primeira vez no Japão em 2018 e não há registro de infecções em outros países, segundo Ministério da Saúde local.
Anticorpos contra o vírus foram identificados em animais selvagens, como primatas, veados e javalis, indicando a exposição ao patógeno. Além disso, dois caçadores também apresentaram defesas contra o vírus, sugerindo que foram infectados em algum momento.
Após a confirmação da causa do óbito, o Ministério da Saúde do Japão emitiu orientações para a população, enfatizando a importância de adotar precauções adequadas contra carrapatos. O governo recomendou o uso de roupas de mangas longas e aplicação de repelentes, principalmente ao circular por áreas com vegetação densa, como florestas. Essas medidas visam evitar o contato com esses parasitas.