Ministério do Esporte faz post racista sobre delegação brasileira nas Olimpíadas

Na cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris 2024, o Ministério do Esporte causou polêmica ao fazer uma publicação racista em sua página oficial no X (antigo Twitter). Minutos antes da delegação brasileira aparecer no evento, o perfil do Ministério publicou uma foto de um chimpanzé com a legenda: “Todo mundo aguardando o nosso barco”, referindo-se ao barco que transportaria os atletas pelo rio Sena.

A postagem foi rapidamente apagada, mas já havia gerado indignação e repercussão negativa. Em nota oficial, o Ministério reconheceu o erro, lamentou profundamente a publicação e demitiu o responsável pelo post, além de iniciar um processo administrativo disciplinar para apurar responsabilidades.

“A publicação foi imediatamente retirada do ar, devido à sua conotação insensível e ofensiva”, declarou o Ministério, reconhecendo que a imagem carregava conotações racistas históricas e perpetuava estereótipos prejudiciais. A pasta reafirmou seu compromisso no combate ao racismo e a qualquer forma de preconceito, destacando que revisará seus processos internos e oferecerá treinamento contínuo à equipe para garantir que todas as comunicações futuras reflitam seu compromisso com a justiça social e a igualdade.

A delegação brasileira, com pouco mais de um terço dos seus atletas, foi apresentada ao público em Paris para competir na 30ª edição das Olimpíadas.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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