Ministério do Turismo fiscaliza hotéis e pousadas em Goiânia

Fiscais do Ministério do Turismo em parceria com a Goiás Turismo, realizam nesta semana a operação “Verão Legal 2018”, para fiscalizar os meios de hospedagem de Goiânia. Com objetivo de conferir se os prestadores de serviço turístico estão seguindo o que determina a Lei do Turismo e se estão devidamente registrados no Cadastur. De acordo com a legislação é obrigatório o registro de meio de hospedagem, agência de turismo, parque temático, acampamento turístico, organizadora de eventos, guia de turismo e transportadora turística.

A operação já esteve em 11 capitais: Brasília, Rio de Janeiro, Boa Vista, Maceió, João Pessoa, Palmas, Aracaju, Teresina, Fortaleza, Vitória e São Luís e até abril, terá passado por todas as capitais brasileiras. Dos nove imoveis fiscalizados até o momento, oito deles estavam irregulares. O cadastro é o primeiro passo para ficar em acordo com a lei e da mesma forma é preciso manter o certificado a mostra no estabelecimento para que os clientes possam ver ao chegar. Aqueles que estão na irregularidade se dentro do prazo de 30 dias não realizarem o cadastro poderão responder por algumas penalidades como: advertência, multa e em casos extremos a interdição.

A técnica do Cadastur, Sandra Teixeira explica a importância de se fazer o cadastro e como funciona. “Esse cadastro caí diretamente no site do Ministério do Turismo e dentre as vantagens, os turistas que vierem para a capital vão poder acessar sua hospedagem no próprio site. Além disso, o nome do hotel ou pousada estando lá, logicamente o nível de confiança aumenta. Existe também a possibilidade de empréstimo por parte dos empreendimentos, em bancos oficiais”, destaca.

Para o Ministério do Turismo, há consequências para os consumidores caso estes estabelecimentos estejam ou permaneçam irregulares. Por não estar devidamente registrado ele não existe para o Ministério do Turismo, assim, se qualquer pessoa chegar a ser lesada de alguma maneira nesse empreendimento fica complicado acionar o órgão público para tomar alguma providência.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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