O Ministério Público pediu o arquivamento do inquérito que investigava a morte de Dárik Sampaio da Silva, jovem atleta do Sport de apenas 13 anos, vítima de uma bala perdida durante uma perseguição policial em março deste ano. O MPPE concluiu que os disparos que atingiram o menino foram efetuados por policiais militares, porém, não foi possível identificar com precisão qual agente de segurança foi responsável pelos tiros, resultando na ausência de denúncia.
Segundo informações do parecer do Ministério Público de Pernambuco, foram encontrados nove projéteis de pistola .40 no local do crime e no carro perseguido pelos policiais, sendo esse o mesmo calibre das armas utilizadas pelos PMs na ocorrência. No entanto, as análises balísticas não conseguiram determinar com certeza qual arma foi a responsável pelos disparos que atingiram Dárik. Isso levou ao arquivamento do processo sem uma conclusão clara sobre os fatos ou a autoria dos disparos.
Dentro do veículo que era perseguido pelos policiais, foram encontradas uma espingarda calibre 12 e um revólver calibre 38. No entanto, não foram identificados projéteis desses calibres no local do incidente. A investigação também apontou que um inquérito militar concluiu que não houve má conduta por parte dos PMs envolvidos na morte do jovem atleta do Sport, reforçando a falta de elementos para prosseguir com acusações contra os agentes de segurança.
O caso ocorrido em março de 2024, que resultou na morte de Dárik, gerou grande comoção e questionamentos sobre a conduta dos policiais durante a perseguição. Segundo relatos, o menino foi atingido por disparos de arma de fogo enquanto estava na frente da casa de uma amiga no bairro do Jordão, Zona Sul do Recife. Os agentes teriam sido acionados para uma ocorrência de roubo de carro, desencadeando a sequência de eventos que culminou na tragédia.
Apesar das investigações e laudos balísticos, as circunstâncias precisas que levaram à morte de Dárik Sampaio da Silva permanecem inconclusivas, colocando em evidência a complexidade e os desdobramentos de casos envolvendo bala perdida. O desfecho do processo pelo Ministério Público de Pernambuco reforça a necessidade de aprimoramento nos protocolos de atuação policial em situações de conflito, visando a preservação da vida e a investigação criteriosa de incidentes dessa natureza.