O Ministério Público de Goiás está empenhado em garantir que a empresa da influenciadora Virginia Fonseca, WePink, pague uma indenização de R$ 5 milhões por práticas abusivas contra os consumidores. O promotor de Justiça Élvio Vicente da Silva destacou que a ação busca não apenas a reparação coletiva, mas também uma indenização individual para cada consumidor prejudicado, cujo valor será determinado ao longo do processo.
Em entrevista ao DE, o advogado da empresa, Felipe de Paula, afirmou que ainda não tiveram acesso aos detalhes da ação, uma vez que não foram formalmente notificados. A ação foi protocolada em conjunto com o Procon, na quarta-feira (8), após a WePink receber aproximadamente 340 reclamações entre os anos de 2024 e 2025.
De acordo com o Ministério Público, a WePink vende produtos cosméticos por meio de transmissões ao vivo nas redes sociais, tendo acumulado mais de 90 mil reclamações somente em 2024 no site do Reclame Aqui. A investigação revelou diversas práticas abusivas, como a falta de entrega de produtos, descumprimento de prazos, dificuldade de reembolso, atendimento deficiente, exclusão de críticas e venda de produtos com defeito.
Entre as irregularidades apontadas pelo MP, está a estratégia de “flash sales” adotada pela empresa, que cria um senso artificial de urgência para estimular compras impulsivas. O uso da imagem da influenciadora Virgínia Fonseca foi considerado como um agravante, visto que muitos seguidores confiam em suas recomendações, o que facilita a exploração da vulnerabilidade psicológica das pessoas.
A ação movida pelo Ministério Público de Goiás visa não somente punir a empresa WePink pelas práticas abusivas, mas também conscientizar o público sobre seus direitos como consumidores. A expectativa é que a justiça possa reparar os danos causados aos consumidores prejudicados e coibir futuras condutas irregulares por parte da empresa. O desfecho desse caso deve servir como um alerta para outras empresas que atuam de forma desonesta no mercado.