Ministério Público de Goiás visa garantir o cumprimento dos Planos Nacional e Estadual de Imunização

O Ministério Público de Goiás (MP-GO), por meio das Áreas de Saúde, Patrimônio Público e Terceiro Setor e Criminal do Centro de Apoio Operacional (CAO), elaborou documentos que buscam comprovar a atuação uniforme da fiscalização da vacinação contra a Covid-19 em todo estado. A finalidade é que  sejam integralmente cumpridas, pelo Poder Executivo local, as disposições contidas nos Planos Nacional e Estadual de Imunização. 

A Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Institucionais encaminhou ofícios aos membros da instituição. Também foram encaminhadas minutas de recomendações e de portarias de abertura de procedimento administrativo.

Na Área da Saúde a portaria de abertura de procedimento administrativo afirma ter a necessidade de acompanhar e fiscalizar todos o processo de vacinação contra a Covid-19, visando assegurar o cumprimento das suas obrigações pelo município, alcançando as metas propostas, seguindo as definições de grupos prioritários a receberem a vacina, reduzindo o contágio, complicações, internações e mortes devido às infecções pelo novo coronavírus.

O não cumprimento das  definições de grupos prioritários a receberem a vacina pode configurar a prática de infrações sanitárias descritas no Código Sanitário do Estado de Goiás (Lei Estadual nº 16.140/2007), assim como infrações previstas nas normativas municipais.

O MP deverá trabalhar para que os municípios façam levantamento e gerenciamento da estrutura física, recursos humanos, insumos e equipamentos, capacitações, normas, rotinas e comunicação locais, que devem estar presente no Plano Municipal de Imunização, definindo os locais, dias e horários dos postos de vacinação. Assim como, acompanhar o gerenciamento do estoque das vacinas e outros insumos, incluindo o armazenamento, transporte para os locais de uso e descarte.

Patrimônio Público

Nessa parte, o órgão visa fiscalizar a dispensa de licitação autorizada pela MP 1026/2021, aplicada apenas na aquisição de insumos e serviços especificados na referida normativa, como vacinas, insumos, bens e serviços de logística, tecnologia da informação e comunicação e treinamentos destinados à vacinação contra a Covid-19.

O MP informa que nas contratações devem ser instaurados processos formais, onde deve ser informado o preço e a justificativa sobre a escolha. Quando for necessária a dispensa de licitação, deve ser justificado demonstrando a necessidade emergencial para imunização prevista no Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19 e a contratação realizada.

Criminal

Na Área Criminal, o MP declara que não observar rigorosamente os grupos prioritários durante o processo de vacinação pode acarretar em implicações criminais relativas à não observância dos Planos Nacional e Estadual de Imunização da Covid-19. 

 

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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