O Ministério Público de São Paulo denunciou o ex-candidato a prefeito Pablo Marçal (PRTB) por difamação ao atribuir à deputada federal Tabata Amaral (PSB) o suposto abandono do pai em seu leito de morte. A ação foi protocolada na Justiça Eleitoral, alegando que Marçal buscava desacreditar Tabata diante do eleitorado.
Caso
Em julho de 2024, durante uma entrevista ao podcast da revista Isto É, Marçal comparou sua experiência familiar com a de Tabata. Ele afirmou: “Eu também tive um pai alcoólatra, mas a família ajudou e ele deixou o vício. O pai dela morreu enquanto ela estava em Harvard. Imagino o que ela pode fazer com o povo.” Essa declaração foi reiterada em outra sabatina.
Tabata Amaral refutou as afirmações de Marçal, esclarecendo que estava no Brasil quando seu pai faleceu, aos 17 anos. Ela classificou a acusação como “nojenta” e “perversa”. O vídeo com os comentários de Marçal teve mais de 850 mil visualizações, sendo amplamente compartilhado na mídia e redes sociais.
O promotor Cleber Masson requereu a fixação de um valor mínimo de indenização por danos morais, com base no artigo 387, inciso IV, do Código de Processo Penal.
A denúncia salienta que a conduta de Marçal teve grande repercussão e visava angariar votos para sua candidatura nas eleições.