O Ministério Público de São Paulo solicitou o arquivamento do inquérito sobre a colisão de motos aquáticas que resultou na morte da bailarina Juliana Carvalho Nasser, de 27 anos. Juliana faleceu após sua amiga colidir com a moto na qual ela estava acompanhada por um homem. A motorista foi indiciada, porém a Promotoria de Justiça concluiu que não houve intenção no acidente.
A decisão final sobre o caso caberá à Justiça, após a Promotoria de Guarujá, no litoral paulista, indeferir o pedido de arquivamento do inquérito. O acidente ocorreu no dia 10 de março na Marina Tropical de Guarujá, onde Juliana estava em uma moto aquática. Segundo depoimentos colhidos durante a investigação, a amiga da vítima pilotava sem habilitação e colidiu com a outra moto ocupada por Juliana e o homem.
Juliana foi lançada ao mar após o impacto e acabou falecendo devido a politraumatismo. Inicialmente, o delegado responsável pela investigação afirmou que a amiga da vítima “assumiu o risco” ao realizar manobras perigosas sem a devida permissão. No entanto, o promotor Rafael Veiga discordou dessa avaliação, destacando a ausência de indicativos de dolo por parte dos envolvidos.
Com o pedido de arquivamento feito pelo Ministério Público, agora cabe ao juiz responsável decidir sobre a concordância com o entendimento apresentado. Caso haja discordância, o processo retornará ao MP para reavaliação. Juliana era uma bailarina profissional com formação em Artes e Dança, além de possuir um MBA em Gestão Estratégica de Negócios e ser coach certificada.
Ao longo de sua carreira, Juliana atuou como professora em diversas escolas de dança, além de conquistar prêmios em festivais. Sua trajetória é marcada pela paixão pela dança e pelo compromisso com sua profissão. A família de Juliana descreveu sua dedicação e talento, ressaltando sua presença frequente em Guarujá, onde ocorreu o trágico acidente que resultou em sua morte.