Última atualização 29/05/2024 | 17:38
O Ministério Público de Goiás (MPGO) denunciou um fisiculturista por homicídio qualificado contra sua companheira, ocorrido no último dia 10, no Parque São Pedro, em Aparecida de Goiânia. O crime foi denunciado com quatro qualificadoras: motivo fútil, meio cruel, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e feminicídio.
A acusação foi formalizada pelo promotor de Justiça Milton Marcolino dos Santos Júnior, com base no artigo 121, parágrafo 2°, incisos II, III, IV e V do Código Penal, combinado com dispositivos da Lei Maria da Penha.
O promotor também solicitou a fixação de valores para reparação dos danos causados, conforme previsto na legislação penal. A denúncia detalha que o casal mantinha uma união estável há nove anos e tinha uma filha de cinco anos. O relacionamento era marcado por agressões físicas, verbais e psicológicas, além de traições por parte do denunciado.
De acordo com a investigação, o crime aconteceu na tarde do dia 10 deste mês após uma discussão banal, quando o acusado agrediu a vítima com chutes e socos, resultando em diversas lesões e traumatismo crânioencefálico, que levaram à sua morte.
Tentando escapar da responsabilidade, o denunciado deu banho na vítima desfalecida e a levou a um hospital, alegando que ela havia sofrido um acidente doméstico. A vítima permaneceu internada até falecer no dia 20 deste mês.
Morte
Marcela Luise, de 31 anos, morreu na noite desta segunda-feira, 20, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, após ter sido espancada pelo marido fisiculturista. A informação foi confirmada pela tia da vítima, Fernanda Paula Miranda.
Marcela estava em coma e internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O suspeito foi preso após levar a vítima ao hospital e afirmar que ela havia caído em casa. Ela foi levada inconsciente ao hospital no dia 10 de maio. Segundo a Polícia Civil de Goiás (PCGO), ela sofreu traumatismo craniano e teve oito costelas quebradas, além de apresentar diversas escoriações pelo corpo.
Relembre o caso
A Polícia Civil de Goiás (PCGO) prendeu o fisiculturista Igor Porto Galvão na última sexta-feira, 17, em Aparecida de Goiânia, suspeito de espancar a esposa e alegar que ela tinha caído enquanto limpava a casa. Ele afirmou ter dado um banho nela antes de levá-la ao hospital, onde ela foi imediatamente encaminhada para cirurgia e depois para a UTI.
No entanto, os médicos identificaram que os ferimentos não eram compatíveis com uma queda. O hospital notificou a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), relatando que a vítima apresentava traumatismo craniano em ambos os lados da cabeça e na base do crânio, além de fraturas na clavícula, oito costelas e várias escoriações.
A polícia iniciou uma investigação, realizando uma perícia na casa da vítima e entrevistando as pessoas que a atenderam no hospital. Durante a apuração, descobriu-se que o fisiculturista tinha um histórico de violência doméstica, com antecedentes de agressão tanto contra a ex-namorada quanto contra Marcela. Um dos inquéritos anteriores indicava lesões causadas por socos e chutes.
Em um dos casos, a vítima chegou a solicitar uma medida protetiva, mas retirou o pedido após reatar o relacionamento com o agressor. As investigações, suspeitando de agressão, levaram a Polícia Civil a solicitar a prisão preventiva do suspeito.