Ministério Público denuncia fisiculturista por homicídio qualificado da companheira

Mulher espancada por marido fisiculturista morre após 10 dias em coma

O Ministério Público de Goiás (MPGO) denunciou um fisiculturista por homicídio qualificado contra sua companheira, ocorrido no último dia 10, no Parque São Pedro, em Aparecida de Goiânia. O crime foi denunciado com quatro qualificadoras: motivo fútil, meio cruel, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e feminicídio.

A acusação foi formalizada pelo promotor de Justiça Milton Marcolino dos Santos Júnior, com base no artigo 121, parágrafo 2°, incisos II, III, IV e V do Código Penal, combinado com dispositivos da Lei Maria da Penha.

O promotor também solicitou a fixação de valores para reparação dos danos causados, conforme previsto na legislação penal. A denúncia detalha que o casal mantinha uma união estável há nove anos e tinha uma filha de cinco anos. O relacionamento era marcado por agressões físicas, verbais e psicológicas, além de traições por parte do denunciado.

De acordo com a investigação, o crime aconteceu na tarde do dia 10 deste mês após uma discussão banal, quando o acusado agrediu a vítima com chutes e socos, resultando em diversas lesões e traumatismo crânioencefálico, que levaram à sua morte.

Tentando escapar da responsabilidade, o denunciado deu banho na vítima desfalecida e a levou a um hospital, alegando que ela havia sofrido um acidente doméstico. A vítima permaneceu internada até falecer no dia 20 deste mês.

Morte

Marcela Luise, de 31 anos, morreu na noite desta segunda-feira, 20, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, após ter sido espancada pelo marido fisiculturista. A informação foi confirmada pela tia da vítima, Fernanda Paula Miranda.

Marcela estava em coma e internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O suspeito foi preso após levar a vítima ao hospital e afirmar que ela havia caído em casa. Ela foi levada inconsciente ao hospital no dia 10 de maio. Segundo a Polícia Civil de Goiás (PCGO), ela sofreu traumatismo craniano e teve oito costelas quebradas, além de apresentar diversas escoriações pelo corpo.

Relembre o caso

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) prendeu o fisiculturista Igor Porto Galvão na última sexta-feira, 17, em Aparecida de Goiânia, suspeito de espancar a esposa e alegar que ela tinha caído enquanto limpava a casa. Ele afirmou ter dado um banho nela antes de levá-la ao hospital, onde ela foi imediatamente encaminhada para cirurgia e depois para a UTI.

No entanto, os médicos identificaram que os ferimentos não eram compatíveis com uma queda. O hospital notificou a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), relatando que a vítima apresentava traumatismo craniano em ambos os lados da cabeça e na base do crânio, além de fraturas na clavícula, oito costelas e várias escoriações.

A polícia iniciou uma investigação, realizando uma perícia na casa da vítima e entrevistando as pessoas que a atenderam no hospital. Durante a apuração, descobriu-se que o fisiculturista tinha um histórico de violência doméstica, com antecedentes de agressão tanto contra a ex-namorada quanto contra Marcela. Um dos inquéritos anteriores indicava lesões causadas por socos e chutes.

Em um dos casos, a vítima chegou a solicitar uma medida protetiva, mas retirou o pedido após reatar o relacionamento com o agressor. As investigações, suspeitando de agressão, levaram a Polícia Civil a solicitar a prisão preventiva do suspeito.

 

 

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Milésimo Transplante Renal: Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi faz história no Centro-Oeste

O Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG), o maior centro transplantador de rins do Centro-Oeste brasileiro, alcançou um marco histórico ao realizar o milésimo transplante renal da unidade. Para comemorar este feito, o Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Saúde e do HGG, promoveu um evento na quarta-feira, 4, para homenagear os profissionais de saúde que atuam no local.

O secretário de estado da Saúde, Rasível Santos, destacou que o HGG é a única unidade pública de saúde a realizar transplantes de rins em Goiás, sendo uma referência nacional nesse tipo de procedimento. “Nada disso seria possível sem as famílias que, em um momento de dor, tomam uma atitude de amor ao próximo. Graças à sensibilidade destas pessoas que nós conseguimos, através do HGG, realizar, desde 2017, tantos transplantes. Este ano, estamos caminhando para 140 transplantes renais realizados e, com o empenho de todos, alcançaremos outros mil, dois mil, 10 mil transplantes“, afirmou.

Médico cirurgião do Serviço de Transplantes Renais do HGG, Marcus Vinicius Chalar, reforçou que, além da quantidade, a unidade também possui qualidade comprovada. Em 2023, o Serviço foi classificado como Nível A, nota máxima na avaliação de indicadores do Programa de Qualidade no Processo de Doação e Transplantes (Qualidot), criado pelo Ministério da Saúde em 2022. “Não é só o número, a gente também tem qualidade de trabalho, com a nota máxima de qualidade do Ministério da Saúde. Nossos pacientes têm a garantia de que, aqui, terão o mesmo tratamento que teriam em qualquer outro grande centro do Brasil“, disse.

Compromisso com a Segurança

O Serviço de Transplantes Renais do HGG atingiu o nível máximo de apuração de pontos na avaliação de indicadores como qualidade e segurança em transplantes por modalidade, reafirmando a excelência na assistência e o crescimento contínuo dos serviços. Atualmente, Goiás é o 10º estado que mais realiza transplantes renais no país, segundo uma pesquisa publicada em setembro deste ano, pelo Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).

Os números de atendimentos realizados e o desempenho comprovado refletem os investimentos feitos no hospital nos últimos anos. Em 2022, o Governo de Goiás inaugurou a nova Unidade de Transplantes do HGG, com um investimento de aproximadamente R$ 2,8 milhões. As instalações contam com uma estrutura moderna em uma área de 644 metros quadrados, 32 novos leitos, sendo 26 para transplantes de rins, fígado, pâncreas e rim-pâncreas, e outros seis para transplante de medula óssea.

Wellington Alvarenga, 45 anos, foi o paciente a realizar o milésimo transplante renal do HGG. O pecuarista contou que começou a realizar sessões de hemodiálise há cerca de um ano e agora, com o novo rim, se sente pronto para recomeçar a vida. “Estou muito agradecido por receber esse presente. Sou muito grato à família que me proporcionou isso em um momento tão difícil”, disse.

Wellington passou pela cirurgia na manhã de terça-feira, 3, e permanece no Centro de Terapia Intensiva do HGG, onde está sob observação. O paciente está consciente, verbalizando, e a expectativa é de que ele seja transferido para um leito de enfermaria já nesta quinta-feira, 5.

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