O Ministério Público de São Paulo (MPSP) apresentou uma denúncia contra três policiais militares e três indivíduos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) pela morte do corretor de imóveis Vinícius Gritzbach, no Aeroporto Internacional de São Paulo. A denúncia foi embasada em um relatório de investigação da Polícia Civil de São Paulo, revelando detalhes sobre o crime. Os policiais Denis Martins, Ruan Rodrigues e Fernando Genauro foram apontados como os responsáveis pela execução de Gritzbach, que foi assassinado a tiros de fuzil em Guarulhos, no dia 8 de novembro do ano passado.
Segundo as informações do Ministério Público de São Paulo (MPSP), Gritzbach teria encomendado a morte de dois membros do PCC. O corretor de imóveis chegou a ser preso anteriormente, mas acabou sendo libertado. A investigação apontou que Kauê do Amaral Coelho atuou como olheiro do crime, enquanto Emílio Gangorra Neto, conhecido como Cigarreiro, e Diego Santos Amaral, também conhecido como Didi, foram identificados como os mandantes do homicídio. Os envolvidos foram denunciados por homicídio qualificado, com agravantes por motivo torpe, uso de arma de fogo e emboscada.
A motivação por trás do assassinato de Gritzbach estaria relacionada a uma série de episódios anteriores, incluindo a morte de um líder do PCC, um suposto desvio de investimento em criptomoedas e um acordo de delação premiada entre Gritzbach e o Ministério Público. As investigações revelaram um possível tribunal do crime organizado pelo PCC para julgar Gritzbach por crimes anteriores. O corretor foi libertado ao prometer revelar senhas de carteiras digitais com investimentos em criptomoedas aos criminosos.
A polícia conseguiu identificar a ligação entre Cigarreiro, Didi e o assassinato de Gritzbach a partir da identificação do olheiro, Kauê do Amaral Coelho. Conversas encontradas no celular do olheiro mencionavam Cigarreiro, indicando seu papel de líder no crime. Além disso, a comunidade onde os criminosos comemoraram a morte de Gritzbach foi identificada como um local dominado pelo Comando Vermelho, com Cigarreiro sendo um dos fornecedores de drogas. A polícia destacou a ligação entre os indivíduos denunciados e as organizações criminosas atuantes na região.
Todo o desenrolar deste caso chocante de assassinato de Gritzbach revela a complexidade das relações entre facções criminosas, policiais e indivíduos envolvidos em atividades ilícitas. A investigação detalhada conduzida pelas autoridades permitiu a identificação dos responsáveis e a denúncia formal dos envolvidos no crime. A Justiça seguirá seu curso para garantir que os culpados sejam responsabilizados pelos seus atos. A sociedade paulista acompanha de perto o desdobrar deste caso, buscando por justiça e segurança em meio às turbulências do mundo do crime.