Ministério Público Eleitoral recusa prestação de contas do prefeito eleito de Luziânia, Diego Sorgatto, e sua vice, Ana Lúcia de Sousa e Silva

O prefeito eleito de Luziânia, Diego Sorgatto, e sua vice, Ana Lúcia de Sousa e Silva, tiveram suas prestações de contas eleitorais, relativas às eleições de 2020, recusadas pelo juiz da 19ª Zona Eleitoral, Henrique Santos Magalhães Neubauer. Com essa rejeição, foi determinado, pelo juiz eleitoral, o recolhimento ao Tesouro Nacional da verba vinda do Fundo Nacional de Financiamento de Campanha (FEFC), cuja aplicação foi considerada irregular, no valor de R$ 411.967,15, devidamente corrigido. Os receptores desta verba devem recolhê-la solidariamente em caso de não recolhimento pelo prestador de contas.

No dia 29 de outubro de 2020, foi encaminhada à Justiça Eleitoral a prestação de Sorgatto e Ana Lúcia. No dia 2 de novembro do mesmo ano foram anexados os demonstrativos de prestação de contas e no dia 17 de dezembro foi realizada a prestação de contas final. 

Em janeiro deste ano foi realizada a desaprovação das contas. O cartório eleitoral apresentou parecer conclusivo para a rejeição das contas, apontando várias irregularidades. Elas foram analisadas pelo promotor eleitoral Julimar Alexandro da Silva.

O promotor eleitoral manifestou, no parecer técnico, sobre as irregularidades não sanadas. Aconteceram repasses irregulares do FEFC a outros candidatos a vereador que não fazem parte do partido da candidata à vice-prefeita (DEM), somando R$ 87.845,88. Também aconteceram repasses irregulares do FEFC destinados ao custeio de candidaturas femininas, porém que foram destinados a candidaturas majoritariamente masculinas, totalizando R$ 237 mil. 

“A legislação é cristalina ao determinar que a verba recebida por ela, por intermédio do FEFC, deve ser aplicada ao interesse de sua campanha ou em favor de outras campanhas femininas. Veda-se o uso desse valor, parcial ou integralmente, em benefício do financiamento de candidaturas exclusivamente masculinas”, explica o promotor eleitoral.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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