Ministério Público pede recompensa de R$100 mil por informações sobre mandantes de assassinato ligados ao PCC

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O Ministério Público solicitou à Secretaria da Segurança Pública que seja paga uma recompensa de R$ 100 mil para quem fornecer informações que levem à captura dos suspeitos de serem os mandantes do assassinato de Vinicius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), em 2024, na Grande São Paulo. Os acusados são conhecidos como “Cigarreira” e “Didi”. O pedido de aumento da recompensa foi feito em uma coletiva de imprensa conduzida pelos promotores Rodrigo Merli e Vania Stefanoni, na sede do MP, na capital, sendo que a pasta ainda não se posicionou oficialmente sobre o assunto.

A proposta do Ministério Público é que a SSP pague R$ 50 mil para informações que levem à captura de Emílio Gongorra, o “Cigarreira”, e mais R$ 50 mil para informações que resultem na prisão de Diego Amaral, o “Didi”. Ambos foram denunciados pelo MP como os mandantes do homicídio de Gritzbach e estão foragidos. Além disso, os promotores também apontam Kauê Amaral como “olheiro” do grupo e também foragido.

O assassinato de Gritzbach no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, foi registrado por câmeras de segurança e resultou na morte de um motorista de aplicativo atingido por uma bala perdida, além de ferir duas outras pessoas. Os três executores do crime já estão presos – três policiais militares – que foram denunciados pelos homicídios e tentativas de assassinato. Os mandantes, bem como Kauê Amaral, continuam sendo procurados pelas autoridades.

O crime foi motivado por vingança, de acordo com a Polícia Civil, em represália à morte de Anselmo Santa Fausta, traficante conhecido como “Cara Preta”, em 2021. O empresário Gritzbach, suspeito de envolvimento na morte de “Cara Preta” e de seu motorista, era investigado por lavagem de dinheiro para o PCC. A delação feita por Gritzbach, que apontou ligações entre autoridades e criminosos, gerou revolta e resultou em sua execução.

Os promotores responsáveis pela denúncia dos acusados afirmam que não há dúvidas sobre a participação dos suspeitos nos crimes, destacando as qualificadoras agravantes e o uso de armamento restrito. A investigação continua em andamento, envolvendo também a Corregedoria da Polícia Militar e a Polícia Federal, que apura o envolvimento de policiais civis com corrupção. A denúncia visa responsabilizar os acusados pelos seus atos e garantir a justiça para as vítimas do crime organizado.

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