Ministério Público protocola pedido de advertência contra Nego Di por descumprimento de restrições do STJ

O Ministério Público protocolou um pedido de advertência contra o influenciador Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, por descumprimento de restrições impostas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em relação ao uso de redes sociais. Após sua saída da prisão, Nego Di foi flagrado em vídeos publicados nas redes sociais, o que configurou uma violação das medidas cautelares impostas. A ação foi tomada pelo MPRS em função dessa infração, e a situação está sendo analisada pela Promotoria de Canoas.

A liberdade provisória concedida ao humorista réu por estelionato e lavagem de dinheiro possibilitou sua saída da Penitenciária Estadual de Canoas. No entanto, a determinação do STJ incluiu a proibição de frequentar e utilizar redes sociais, medida que foi desobedecida durante uma confraternização após a soltura de Nego Di. Fotos e vídeos compartilhados nas redes sociais mostravam o influenciador interagindo, o que levou à abertura do pedido de advertência pelo Ministério Público e à análise do caso pela Promotoria.

Especialistas alertam que o uso de terceiros para transmitir mensagens ou recados nas redes sociais, mesmo que indiretamente ligados ao influenciador, pode ser interpretado como um descumprimento das medidas cautelares impostas pelo STJ. Caso essa interpretação seja confirmada, Nego Di poderá voltar à prisão. A legislação é clara quanto à proibição da continuidade de práticas que levaram à acusação inicial, e o descumprimento das restrições pode acarretar consequências graves para o humorista.

A soltura de Nego Di foi concedida pelo STJ até o julgamento do mérito do habeas corpus solicitado por sua defesa. A condição imposta de não utilizar redes sociais, juntamente com outras medidas cautelares, visa garantir que o processo judicial transcorra de forma regular e sem possíveis interferências. A ordem do ministro Reynaldo Soares da Fonseca foi clara em relação às restrições impostas, e o não cumprimento dessas determinações pode acarretar em sérias consequências para o influenciador.

O caso que envolve Nego Di remonta a acusações de estelionato qualificado pela fraude eletrônica, em que o humorista e seu sócio são acusados de lesar mais de 370 pessoas em um suposto esquema de vendas fraudulentas pela internet. O histórico do influenciador também inclui sanções anteriores da Justiça por divulgação de fake news, o que evidencia a gravidade das acusações e a necessidade de cumprimento das medidas cautelares. A inobservância das restrições determinadas pelo STJ pode levar Nego Di de volta à prisão, conforme alertam especialistas em Direito.

Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, é um influenciador digital que participou do Big Brother Brasil em 2021, sendo o terceiro eliminado do programa. Após sua participação no reality show, ele passou a promover rifas em suas redes sociais, o que motivou investigações do Ministério Público. O histórico do humorista inclui acusações de estelionato e lavagem de dinheiro, levando-o a ser preso preventivamente por sua ligação a um esquema de vendas fraudulentas pela internet. A conduta de Nego Di nas redes sociais tem sido monitorada pelas autoridades, e medidas cautelares foram impostas para garantir a regularidade do processo judicial.

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Filho preso por matar mãe e padrasto por herança de empresa em Itajaí, diz polícia

Filho preso suspeito de matar mãe e padrasto pretendia administrar empresa que herdaria do casal, diz polícia

Investigação aponta que herança foi motivação para assassinato de Susimara Gonçalves de Souza, 42 anos, e Pedro Ramiro de Souza, 47 anos, em Itajaí. Filho de Susimara foi preso e polícia busca identificar comparsa.

Ramiro e Susy, encontrados mortos em Itajaí, no Litoral Norte de SC — Foto: Reprodução/Redes Sociais

O homem de 24 anos preso suspeito de envolvimento no assassinato da mãe e do padrasto dele em Itajaí, no Litoral Norte de Santa Catarina, pretendia administrar a empresa que herdaria do casal. De acordo com a investigação, o interesse dele em ter acesso à herança foi a motivação do crime.

Susimara Gonçalves de Souza, 42 anos, e Pedro Ramiro de Souza, 47 anos, foram assassinados em casa, na madrugada de 23 de novembro. O casal estava junto há 11 anos e tinha uma loja de forro e decorações. Câmeras da casa vizinha registraram a entrada do casal na residência, seguida de um grito surpreso da mulher.

O filho de Susimara, Walter Gonçalves, foi preso no domingo (1º). DE não conseguiu contato com a defesa dele.

O delegado Roney Péricles, responsável pelo inquérito, disse que “até aqui, a investigação demonstra que a motivação estaria diretamente relacionada aos bens do casal, sobretudo à questão da empresa, em relação à empresa que o casal tinha e que havia um interesse do investigado de administrar essa empresa”, resumiu. DE destacou também que o filho chamava Pedro de pai, apesar de ser enteado.

Segundo o delegado, DE e um comparsa chegaram à casa das vítimas mais de duas horas antes do casal voltar para a residência. Um dos homens estava de capacete e capa de chuva, enquanto o outro, de boné. Eles entraram na casa usando um controle remoto para abrir um portão da residência. Os dois ficaram dentro do imóvel esperando as vítimas, que haviam saído para jantar, ido a um karaokê e comprado comida para consumir em casa.

No dia seguinte, Walter acionou os bombeiros dizendo ter encontrado os corpos do casal. Alegou que, como não teve resposta da mãe, foi até a residência para saber o que havia acontecido.

Além da prisão do suspeito, agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em dois endereços ligados a ele, com recolhimento de aparelhos telefônicos, computadores e vestimentas. A investigação continua para identificar o comparsa e possíveis outros envolvidos.

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