Ministra Cármen Lúcia fará vistoria em presídio na segunda-feira

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Cármen Lúcia vem a Goiás na próxima segunda-feira, dia 8, para supervisionar pessoalmente em que condições se encontram os presos da Colônia Agroindustrial do Regime Semiaberto, do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Ela vai agendar reunião com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Torquato Jardim com os governadores dos 26 Estados e do Distrito Federal para tratar da crise no sistema prisional.

A ministra já havia demonstrado interesse em vir a Goiás inspecionar o Complexo Prisional de Aparecida no ano passado, mas por recomendação do governador Marconi Perillo adiou a visita. Desde o ano passado as autoridades de segurança pública sabiam da possibilidade de rebeliões como a que ocorreu no primeiro dia do ano, que deixou o saldo de nove mortos, 14 feridos e mais de 100 foragidos. Antes de seguir para o Complexo Prisonal de Aparecida de Goiânia, a ministra deve se encontrar com o governador Marconi Perillo, com o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Gilberto Marques Filho, com o procurador-geral de Justiça, Benedito Torres e com a defensora pública-geral do Estado, Lúcia Silva Gomes.

A visita ao presídio goiano será a primeira de uma série que a ministra Cármen Lúcia pretende fazer este mês. Depois de Aparecida de Goiânia, ela irá aos presídios do Paraná e do Acre.

Cármen prometeu que até abril deste ano, o Banco Nacional de Monitoramento de Prisões deverá ser estendido a todos os Estados brasileiros. A plataforma desenvolvida pelo CNJ reúne informações processuais sobre presos custodiados pelo Estado e já foi implantada em Roraima.

Hoje o secretário de Segurança Pública, Ricardo Balestreri apresenta o coronel Edson Costa como novo diretor-geral de Administração Penitenciária e o tenente-coronel Newton Castilho como Superintendente Executivo da Secretaria de Segurança Pública. Ontem, conforme o Diário do Estado já havia publicado, foi publicado no Diário Oficial do Estado a criação da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária.

Em entrevista ontem à Rádio CBN Goiânia, o governador Marconi Perillo disse que em reunião com mais de 20 governadores, o grupo já havia alertado à presidente do Conselho Nacional de Justiça e do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, sobre a insuficiência do sistema carcerário nacional, as deficiências, as dificuldades e a falta de recursos por parte do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

O governador também afirmou que, depois do episódio em Goiás e das declarações dadas, o Estado irá preparar uma ação pedindo ressarcimento em relação ao que gasta com presos nacionais: “O Estado assume com toda a boa vontade esses presos, temos um convênio para isso, mas já pedi para fazerem o cálculo de quantos presos são de responsabilidade da União. No entanto, independentemente disso, precisamos colocar a razão em primeiro lugar e planejar as ações daqui para a frente com o conjunto de governadores. O que aconteceu no ano retrasado no Rio Grande do Norte, Amazonas, Roraima, e agora em Goiás, pode acontecer a qualquer hora com qualquer Estado.”

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STF rejeita queixa de Michelle Bolsonaro contra Erika Hilton

Nesta quinta-feira, 26, o Supremo Tribunal Federal (STF) tomou uma decisão significativa, rejeitando a queixa apresentada por Michelle Bolsonaro contra a deputada federal Erika Hilton. A queixa foi motivada por um comentário feito por Erika Hilton em março, que criticava a entrega do título de cidadã paulistana à ex-primeira-dama.

A decisão do STF mantém a imunidade parlamentar de Erika Hilton, protegendo-a de processos judiciais por declarações feitas no exercício de seu mandato. Essa imunidade é uma garantia constitucional para os parlamentares, permitindo-lhes expressar suas opiniões sem medo de represálias legais.

Acusações

Michelle Bolsonaro havia acusado Erika Hilton de injúria e difamação, alegando que as declarações da deputada a ofenderam. A ex-primeira dama pedia uma indenização de R$ 15 mil pelos comentários feitos pela parlamentar em março deste ano.

Na época, a psolista escreveu: “Não dá nem para homenagear Michelle Bolsonaro por nunca ter sumido com o cachorro de outra família porque literalmente até isso ela fez”. O comentário se refere ao caso do animal adotado pela ex-primeira-dama em 2020 que já tinha dono.

No entanto, o STF considerou que as afirmações de Erika Hilton estavam cobertas pela imunidade parlamentar, o que a isenta de responsabilidade legal por essas declarações.

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