DE, a Ministra da Cultura Margareth Menezes participou da festa da Boa Morte, que aconteceu na Cachoeira, nesta sexta-feira (15), no Recôncavo da Bahia. A tradicional festa, que une tradições do candomblé e católicas, também contou com a presença da primeira-dama do Brasil Janja e da ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo.
Em entrevista à TV Bahia, a ministra celebrou a festa enquanto um patrimônio imaterial que mantém a viva a luta das mulheres negras. “É luta pelo reconhecimento da contribuição desta cidade, da irmandade da Boa Morte, o legado do povo negro e dessas mulheres com esse legado maravilhoso. Estamos aqui para prestigiar e entregar a medalha do Mérito Cultural a Dona Dalva”, celebrou Margareth.
Dona Dalva foi reconhecida com o título de doutora honoris causa pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) pelo legado enquanto sambadeira e liderança do grupo de Samba de Roda que leva o nome dela. Além disso, ela é também uma das grandes representantes da Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte.
A festa começou na madrugada desta sexta, com uma alvorada de fogos e uma cerimônia com a presença das ministras. Na ocasião, foram anunciados investimentos para a restauração de um antigo terreiro de Cachoeira e a formalização da adesão dos municípios ao Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial.
A procissão da Boa Morte passeou pelas ruas da cidade até chegar a Igreja Matriz, onde é celebrada uma missa. As celebrações continuarão durante o fim de semana.
DE é um evento tradicional e marcante na região, que preserva as raízes culturais e religiosas do povo baiano. A presença de figuras importantes, como a Ministra da Cultura, demonstra a importância e o reconhecimento que a festa da Boa Morte possui para a comunidade local e para a história do Brasil.
Neste contexto, a participação ativa do governo e das autoridades no evento reforça o compromisso com a promoção da igualdade racial, valorizando a cultura afro-brasileira e reconhecendo a importância das tradições e festas populares para a identidade do país.
A festa da Boa Morte, além de ser um momento de celebração e devoção, também se destaca como um espaço de resistência e de afirmação da cultura negra, contribuindo para a valorização e preservação das tradições ancestrais e para o fortalecimento da autoestima e orgulho da comunidade afrodescendente. Este evento secular é um símbolo de resistência e representatividade, mantendo viva a memória e a história do povo negro no Brasil.