A DE querida DE do Superior Tribunal Militar (STM), ministra Maria Elizabeth
Rocha, assume o cargo nesta quarta-feira (12) e se compromete com uma gestão disruptiva, visando mais diversidade em uma Corte historicamente conservadora.

Sendo a primeira mulher a ser nomeada ministra do STM em mais de 200 anos de história, Maria Elizabeth fará um discurso incisivo sobre a desproporção de gênero nos espaços de poder, especialmente no Judiciário e nas Forças Armadas.

Declaradamente progressista e com opiniões divergentes em grande parte das votações da Corte, Maria Elizabeth almeja compor seu gabinete com pessoas transexuais e portadoras do transtorno do espectro autista.

Em entrevista à DE, a ministra afirmou: “Pretendo nomear servidores considerando critérios de diversidade e identidade, como gênero, orientação sexual, raça e pessoas com transtorno do espectro autista. Pretendo incluir, não excluir seres humanos”.

Além disso, Maria Elizabeth está estudando os processos legais necessários para nomear uma servidora venezuelana, como parte de sua política de diversidade no gabinete, incluindo também mulheres migrantes.

Sua chegada à presidência da Justiça Militar foi marcada por conflitos com outros ministros desde o início, muitos sendo contrários à sua eleição devido ao seu mandato-tampão entre 2014 e 2015.

Mesmo com a resistência, Maria Elizabeth teve que votar em si mesma para garantir os votos necessários para sua presidência, algo não usual nesse contexto.

A cerimônia de posse da nova presidente também foi cercada de polêmica, com discussões sobre o local da festa. Maria Elizabeth queria o Teatro Nacional como cenário, visando “arejar” a imagem séria dos tribunais militares e economizar nos custos da festividade.