O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou que o governo federal vê com simpatia a proposta de reduzir a jornada máxima de trabalho de 44 para 40 horas semanais. Em entrevista ao programa “Bom Dia, Ministro”, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Marinho destacou que o debate sobre a redução é fundamental e que o país está preparado. No entanto, ressaltou que as discussões devem ocorrer no Congresso Nacional, pois a alteração requer uma emenda constitucional.
Projetos em tramitação
Marinho mencionou que diversos projetos sobre a redução da jornada de trabalho estão em andamento no Congresso, incluindo a proposta de acabar com a escala 6×1, considerada “cruel” para os trabalhadores, especialmente as mulheres. Ele defendeu a necessidade de um debate sério e maduro entre trabalhadores e empregadores, visando garantir a sustentabilidade econômica.
O ministro acredita que a redução para 40 horas semanais é viável, mas enfatizou a importância de uma visão de previsibilidade e sustentabilidade econômica para evitar transtornos. Ele espera que deputados e senadores estejam sensíveis ao debate e atentos às necessidades tanto dos trabalhadores quanto da economia.
Resistência do empresariado
A proposta de redução da jornada enfrenta resistência entre empresários dos setores de comércio e serviços. No entanto, Marinho não percebe resistência significativa do setor empresarial em relação à redução da jornada máxima. O líder do governo, José Guimarães, destacou a necessidade de mobilização para a aprovação da medida, reafirmando que o tema é suprapartidário e essencial para os trabalhadores.