Durante seu voto no julgamento da trama golpista, o ministro do STF de Alexandre de Moraes, relator do processo, deixou claro que a simples tentativa configura crime. Para Moraes, a consumação do crime de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito não depende da concretização das ações, mas sim da tentativa de realizá-las. Durante mais de quatro horas de considerações, o ministro ressaltou que todos os atos executórios desde junho de 2021 até o momento atual configuram os crimes em questão.
Alexandre de Moraes, que era presidente do Tribunal Superior Eleitoral durante as eleições de 2022, destacou a importância de se condenar os responsáveis pela tentativa de golpe e abolição do estado democrático. Ele ressaltou a gravidade dos atos executados e alertou para os riscos à democracia brasileira. Além disso, Moraes afirmou que o golpista bem-sucedido raramente se submete à justiça, colocando em destaque a necessidade de responsabilizar os envolvidos.
O ministro também fez menção à chamada operação Punhal Verde e Amarelo, que tinha como objetivo assassinar autoridades eleitas, incluindo o próprio Alexandre de Moraes. Ele enfatizou a importância de preservar as instituições democráticas e garantir a segurança das autoridades eleitas. Durante sua defesa de voto, Moraes reforçou a gravidade dos crimes cometidos e a necessidade de punir os responsáveis.
Ao pedir a condenação de Jair Bolsonaro e demais integrantes da organização criminosa, Alexandre de Moraes destacou o papel do Supremo Tribunal Federal na defesa da democracia e no combate a atos golpistas. Ele ressaltou a importância de evitar a impunidade e garantir a proteção das instituições democráticas. A fala do ministro durante o julgamento ressaltou a gravidade dos crimes em questão e a necessidade de responsabilizar os envolvidos.