Ministro da Defesa ameaça golpe de estado se não houver voto impresso

O ministro da Defesa, Walter Braga Netto, voltou a ameaçar as eleições de 2022 caso não seja feito com voto impresso. Dessa vez, quem sofreu a ameaça foi o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL). Informações são do IG.

O recado foi dado no dia 8 de julho, na companhia de chefes militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica – como informa o jornal O Estado de S. Paulo. A ameaça teria sido dita no mesmo dia em que o presidente da República, Jair Bolsonaro repetiu a mensagem ”Ou fazemos eleições limpas no Brasil ou não temos eleições”.

Lira teria considerado o recado de Braga Netto uma ameaça de golpe do estado e, por isso, teria procurado Bolsonaro para falar sobre o ocorrido. Em uma longa conversa, o presidente da Câmara teria dito para não contar com ele para qualquer ato de ruptura institucional, de golpe ou quebra da Democracia.

O deputado ainda afirmou ao presidente que iria com ele até o fim, com ou sem crise política, mesmo que fosse para perder na eleição de 2022, mas que não admitiria um golpe. Bolsonaro teria respondido que nunca havia defendido um golpe militar pois respeitava ”as quatro linhas da Constituição”.

Segundo o Estadão, as mensagens e a reação de Lira teria ocorrido em um grupo restrito a política e ao Judiciário. Ninguém quis falar publicamente sobre o tema, devido a gravidade do assunto.

“A conversa que eu soube é que o ministro da Defesa disse a um dirigente de partido: “A quem interessar, diga que, se não tiver eleição auditável, não terá eleição’. Teve um momento de muita tensão. Não foi brincadeira, não”, descreveu um dos envolvidos no assunto, sob a condição de anonimato.

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STF rejeita queixa de Michelle Bolsonaro contra Erika Hilton

Nesta quinta-feira, 26, o Supremo Tribunal Federal (STF) tomou uma decisão significativa, rejeitando a queixa apresentada por Michelle Bolsonaro contra a deputada federal Erika Hilton. A queixa foi motivada por um comentário feito por Erika Hilton em março, que criticava a entrega do título de cidadã paulistana à ex-primeira-dama.

A decisão do STF mantém a imunidade parlamentar de Erika Hilton, protegendo-a de processos judiciais por declarações feitas no exercício de seu mandato. Essa imunidade é uma garantia constitucional para os parlamentares, permitindo-lhes expressar suas opiniões sem medo de represálias legais.

Acusações

Michelle Bolsonaro havia acusado Erika Hilton de injúria e difamação, alegando que as declarações da deputada a ofenderam. A ex-primeira dama pedia uma indenização de R$ 15 mil pelos comentários feitos pela parlamentar em março deste ano.

Na época, a psolista escreveu: “Não dá nem para homenagear Michelle Bolsonaro por nunca ter sumido com o cachorro de outra família porque literalmente até isso ela fez”. O comentário se refere ao caso do animal adotado pela ex-primeira-dama em 2020 que já tinha dono.

No entanto, o STF considerou que as afirmações de Erika Hilton estavam cobertas pela imunidade parlamentar, o que a isenta de responsabilidade legal por essas declarações.

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