Ministro da Defesa comenta prisão de general e reforma da aposentadoria militar

O ministro da Defesa, José Múcio, declarou que a prisão do general Walter Souza Braga Netto não foi uma surpresa para ninguém. Em uma entrevista dada a jornalistas em São Paulo, ele afirmou que já se esperava a detenção do militar, que ocorreu no âmbito de um inquérito que investiga uma tentativa de golpe de estado para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Múcio revelou que a informação sobre a operação contra dois militares foi recebida na véspera e que a prisão de Braga Netto já era prevista.

“Evidentemente essa era uma coisa que já se esperava. Todo mundo esperava. Há um constrangimento, espírito de corpo de cada força, mas já se esperava”, afirmou o ministro. Ele também mencionou que as Forças Armadas ficaram constrangidas com a prisão de Braga Netto, pois ele é o primeiro general quatro estrelas a ser detido no Exército. No entanto, Múcio ressaltou que o desfecho era necessário para que se possa olhar para o futuro e dissipar as suspeitas sobre os inocentes envolvidos nas investigações da trama golpista.

Além disso, José Múcio abordou a questão do projeto de lei que altera as regras para a aposentadoria dos militares. Ele afirmou que o Ministério da Defesa, que representa as Forças Armadas, não deve interferir na tramitação do PL, que estabelece a idade mínima de 55 anos e 35 anos de serviço para a reserva remunerada dos militares. O texto do projeto foi apresentado ao Congresso Nacional e conta com o apoio da pasta da Defesa, após negociações com o governo.

Antes do envio do PL, houve tentativas de negociação para aplicar o critério somente para quem ingressará na carreira a partir de 2025, porém sem sucesso. O projeto também prevê uma contribuição mensal de 3,5% para gastos em assistência médico-hospitalar e social, bem como mudanças na transferência de pensões de militares, com um período de adequação de sete anos e entrada em vigor a partir de janeiro de 2032.

Por fim, o ministro da Defesa também falou sobre a recuperação de Lula, que recebeu alta no último domingo após seis dias internado no Hospital Sírio-Libanês devido a uma hemorragia intracraniana. Lula retomou suas atividades e recebeu ministros para tratar de assuntos como reforma tributária e ajustes fiscais. O ex-presidente continuará despachando de sua casa em São Paulo até sua volta a Brasília. Mantenha-se informado sobre São Paulo seguindo o perfil do Metrópoles SP no Instagram e contribua com denúncias ou sugestões através do WhatsApp do Metrópoles SP.

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