O Ministro da Educação, Milton Ribeiro, defendeu o retorno das aulas presenciais em todo o país durante um pronunciamento transmitido nesta terça-feira (20).
“Quero neste momento conclamá-los ao retorno às aulas presenciais. O Brasil não pode continuar com as escolas fechadas gerando impacto negativo nestas e nas futuras gerações”, disse.
Por lei, os estados tem total autonomia para decidir sobre a volta às aulas na rede estadual; os munícipios, nas redes municipais. Ribeiro falou que o governo federal não tem autonomia sobre o tema.
A volta, segundo ele, é uma ”necessidade urgente”. O ministro falou que o fechamento de escolas impõe ”consequências devastadoras”.
Retorno ás aulas
Ribeiro já havia defendido o retorno às aulas presenciais no dia 1º de julho durante uma audiência pública no Senado:
“O Brasil é, infelizmente, um dos últimos países do mundo a reabrir as escolas. E não há que se dizer que o assunto foi a vacinação. Acabo de chegar da Itália e lá os países estão todos retornando, alguns com porcentagem de vacinação inferior ao Brasil”, afirmou Ribeiro, citando a reunião dos ministro da Educação do grupo de países conhecido como G20.
O Ministério da Educação (MEC) divulgou no último dia 30 de junho, véspera da audiência do ministro do Senado, o Guia de Retorno às Aulas Presenciais, um documento elaborado pela pasta em 2020. Estudos feitos por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) apontam que há falhas neste protocolo de rearbeatura das escolas justamente porque não consideram pontos que a ciência já comprovou serem importantes para frear a contaminação do vírus, como ventilação dos espaços e escalonamento no transporte público para evitar aglomerações.