Ministro de Minas e Energia discute aumento da mistura de etanol na gasolina na abertura da safra mineira de cana-de-açúcar

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Com a participação do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a abertura da safra mineira de cana-de-açúcar em Uberaba discutiu o aumento da mistura de etanol na gasolina. O evento foi realizado na Fazenda Santa Vitória e contou com a presença da Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA) em parceria com o Sindicato da Indústria da Fabricação do Álcool no Estado de Minas Gerais (Siamig Bioenergia), marcando o início do ciclo de produção sucroenergética 2025/2026.

A CMAA informou que já foram moídas 10 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, produzidas 735 mil toneladas de açúcar, gerados 440,8 mil metros cúbicos de etanol e produzidos 402 mil MW/h de energia. Além disso, o evento contou com a presença de autoridades federais, estaduais e municipais, senadores, deputados federais e estaduais, e empresários do setor de bioenergia de todo o país.

O ministro Alexandre Silveira apresentou a Lei do Combustível do Futuro, que propõe a adoção do E30, mistura de 30% de etanol anidro à gasolina. Atualmente, 27% de etanol são adicionados à gasolina, e a expectativa é que a proposta seja votada no Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) ainda em 2025. A nova política visa reduzir o preço do combustível na bomba e tornar o Brasil independente da importação de gasolina.

Minas Gerais alcançou um marco histórico na safra 2024/25 com 83,1 milhões de toneladas de cana-de-açúcar processadas, superando em 4% o volume da safra anterior. A produção de açúcar chegou a 5,6 milhões de toneladas e a de etanol totalizou 3,4 milhões de metros cúbicos. O setor sucroenergético mineiro enfrentou desafios climáticos durante a safra, como estiagem e incêndios rurais, mas mostrou a força da bioenergia no estado.

Apesar dos desafios, as perspectivas para a safra 2025/26 são positivas, com novas plantas de fabricação de açúcar entrando em operação e a produção de biometano ganhando escala. O mercado mineiro de etanol hidratado continuará sendo fortalecido. A medida também contribuirá para a redução da emissão de gases de efeito estufa em 1,7 milhão de toneladas por ano, além de evitar a importação de 760 milhões de litros de gasolina.

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