O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), abriu um inquérito para investigar a atuação de grupos do crime organizado no Rio de Janeiro. A decisão foi tomada nesta quarta-feira e também incluiu a cobrança de informações da Polícia Federal (PF) sobre a investigação preliminar que vinha sendo realizada desde agosto. A determinação do ministro surge em um momento de crescente preocupação com a violência e crimes cometidos por organizações criminosas no estado.
Em abril, durante o julgamento da ADPF das Favelas, que estabeleceu regras para operações policiais, foi determinada a abertura de um inquérito pela PF para investigar possíveis crimes com repercussão a nível internacional e interestadual. A investigação preliminar sobre a atuação dos principais grupos criminosos violentos no Estado e suas conexões com agentes públicos estava em andamento desde agosto e agora será transformada em inquérito, de acordo com a decisão de Moraes.
O ministro também destacou a importância da realização de perícias independentes e da fiscalização das ações policiais pelo Ministério Público. Além disso, Moraes anunciou que o inquérito deverá focar no funcionamento dos esquemas de lavagem de dinheiro no Rio de Janeiro e na infiltração de organizações criminosas no Poder Público. Essa investigação macro seguirá o modelo da Operação Carbono Oculto, que investigou um esquema de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) por meio do setor de combustíveis e fintechs.
Após a megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, que resultou em 121 mortes, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciou que a PF abriria o inquérito macro para investigar as facções criminosas no Rio. Durante uma audiência com representantes de entidades envolvidas na ADPF, Moraes reforçou a importância da transparência e das investigações rigorosas para combater o crime organizado no estado. A abertura do inquérito é mais um passo na tentativa de coibir a atuação dessas organizações e garantir a segurança da população.
Com a abertura do inquérito, espera-se que sejam reveladas informações importantes sobre as atividades criminosas no Rio de Janeiro e suas conexões com agentes públicos. A cooperação entre o STF, a PF e outras entidades envolvidas na investigação é fundamental para o sucesso das apurações e para a efetiva punição dos envolvidos. A sociedade espera que essa iniciativa resulte em medidas concretas para combater o crime organizado e garantir a segurança da população fluminense. A transparência e a eficácia na condução do inquérito são essenciais para restabelecer a ordem e a paz no estado do Rio de Janeiro.




