Ministro do STF permite que ex-ministro Anderson Torres cuide da mãe com câncer

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes flexibilizou as medidas cautelares do ex-ministro e ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres para que ele possa acompanhar e cuidar de sua mãe, que está com câncer. Pela decisão do ministro, Torres seguirá usando tornozeleira eletrônica, mas poderá sair de casa à noite para ir à residência da mãe e a acompanhar no hospital, onde ela se encontra internada.

A defesa havia entrando com o pedido de flexibilização argumentando que o pai de Torres, com 73 anos, em idade avançada, não consegue cuidar sozinho de sua mãe, de 70. O ministro ressaltou que a flexibilização é temporária. “Ressalte-se o caráter provisório da presente decisão, que não dispensa o requerente do cumprimento das demais medidas cautelares a ele impostas”.

Torres é investigado por suposta omissão após os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. O político chegou a ser preso. Ele foi ministro da Justiça e Segurança Pública da gestão Bolsonaro e com o término do mandato de Jair Bolsonaro (PL), havia assumido a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Torres foi solto em maio de 2023 por uma decisão de Moraes, mas desde então tem uma série de medidas cautelares para cumprir. Uma delas é a obrigação do uso de tornozeleira eletrônica.

Nesta semana, o ex-ministro da Justiça foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por suposta tentativa de golpe em 2022, ao lado de outros 36 nomes, incluindo Bolsonaro. A decisão de Moraes permitindo que Torres possa cuidar de sua mãe com câncer representa um alívio para o ex-ministro em meio às investigações e medidas cautelares que precisa cumprir.

É importante ressaltar que a autorização concedida por Moraes é temporária e não exime Torres de cumprir as outras obrigações impostas a ele. A flexibilização das medidas cautelares visa garantir a assistência necessária à mãe do ex-ministro em um momento delicado de sua saúde. O acompanhamento familiar em situações como essa é de extrema importância para o bem-estar e recuperação do paciente.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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