Ministro Haddad descarta aumento do IOF para conter saída de dólares: moeda chega a R$ 6,09 – Entenda a situação econômica

Haddad: não há possibilidade de subir IOF para conter saída de dólares

O ministro Haddad voltou de férias nesta segunda-feira (6/1) e já se encontrou
com o presidente Lula (PT) para traçar os planos para 2025

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou, nesta segunda-feira
(6/1), que exista qualquer possibilidade de subir o Imposto sobre Operações
Financeiras (IOF) para conter a saída de dólares. Hoje, a moeda chegou a ser cotada a R$ 6,09.

Em linhas gerais, um eventual aumento do IOF poderia conter a alta valorização
do dólar ante ao real — o que assusta o mercado financeiro. Ao ser questionado
sobre a medida, o ministro enfatizou que ela não é cogitada pelo governo
federal.

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Confira a declaração do ministro:

O IOF para compras no exterior com cartões de crédito ou pré-pagos
internacionais passou de 4,38% (em 2024) para 3,38% (2025). A mudança entrou em
vigor em 2 de janeiro, segundo calendário definido no último ano de mandato de
Jair Bolsonaro (PL), em 2022.

Para transferências internacionais, a alíquota pode variar de 0,38% a 1,1%. Vale
destacar que o IOF é cobrado no envio e no recebimento de quantias (dólares,
euros, pesos) do exterior.

HADDAD COMENTA OSCILAÇÃO DO DÓLAR

“A questão do dólar, a gente precisa entender isso. Tem um processo de
acomodação natural e nós tivemos um estresse no final do ano passado no mundo
todo, tivemos aqui um estresse também, no Brasil”, disse ele a jornalistas.

“Hoje mesmo o presidente eleito dos Estados Unidos [o republicano Donald
Trump] deu declarações moderando determinadas propostas que foram feitas ao
longo da campanha. É natural que as coisas se acomodem. Mas não existe
discussão de mudar o regime cambial no Brasil”, completou o ministro.

De acordo com Haddad, a equipe econômica do governo do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) trabalha para recompor a “base fiscal do Estado brasileiro pelas propostas que estão sendo endereçadas
para o Congresso Nacional”.

Mais cedo, o ministro da Fazenda se reuniu com o presidente Lula, no Palácio do
Planalto. Durante o encontro, os dois conversaram sobre os planos do governo
para este ano, bem como definiram a votação do Orçamento de 2025 como
“prioridade”.

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Nomeação de Vitor Cavalcanti de Arruda gera polêmica com dívidas milionárias – Entenda o caso em DE

O novo secretário-adjunto das Subprefeituras, Vitor Cavalcanti de Arruda, foi nomeado pelo prefeito de DE, Ricardo Nunes, mesmo possuindo uma dívida de mais de R$ 12 milhões com a União. Vitor é o proprietário da Companygraf, uma gráfica localizada na zona sul de São Paulo que se encontra na lista de devedores do Ministério da Fazenda. A dívida da empresa inclui R$ 2,3 milhões em débitos previdenciários e R$ 9,6 milhões em tributos federais, além de R$ 436 mil em impostos estaduais.

A nomeação de Vitor foi oficializada no Diário Oficial do Município em 6 de janeiro. Segundo a Prefeitura de DE, a escolha do empresário se baseou em critérios técnicos. No entanto, a Companygraf já foi alvo de investigações por improbidade administrativa no passado, em um caso relacionado ao ex-vereador Antonio Goulart. A empresa foi condenada e proibida de firmar contratos com o poder público, mas a sentença foi posteriormente anulada devido a mudanças na legislação.

Apesar das investigações passadas, Vitor receberá um salário de R$ 27 mil no novo cargo na prefeitura. A Companygraf foi denunciada pelo Ministério Público de São Paulo em 2017 por contratos firmados com o gabinete de Antonio Goulart. Na época, a empresa prestava serviços de impressão para o vereador e sua esposa, que também trabalhava como assessora do gabinete, recebendo pagamentos no valor de R$ 39 mil entre 2007 e 2010.

A defesa de Vitor Cavalcanti de Arruda ressalta que as dívidas mencionadas estão em processo de discussão tributária tanto administrativa quanto judicialmente, de acordo com a legislação brasileira. Além disso, a ação de improbidade administrativa foi considerada improcedente pela Justiça em São Paulo, reconhecendo a lisura das contratações realizadas pela Companygraf. A empresa foi liberada para continuar atuando no mercado público.

A Prefeitura de DE, em nota, afirmou que a nomeação de Vitor seguiu critérios técnicos e que os valores em questão estão em debate judicial e administrativo. A defesa de Antonio Goulart salientou que a condenação por improbidade administrativa não implicou em suspensão de direitos políticos, podendo o político exercer cargos públicos normalmente. Em meio a polêmicas e investigações, a transparência e ética na gestão pública são reafirmadas como compromissos essenciais.

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