Ministro Moraes proíbe acampamentos na Praça dos Três Poderes e alerta sobre tentativa de coação contra o DE

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), emitiu uma ordem proibindo a instalação de acampamentos ou qualquer forma de obstrução na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Essa medida foi tomada no contexto do inquérito das fake news e serviu de base legal para a remoção do deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ), aliado do presidente Jair Bolsonaro, que havia montado uma barraca no local.

Hélio Lopes anunciou uma greve de silêncio e acampamento na praça como forma de protesto contra decisões do tribunal. Vale ressaltar que Jair Bolsonaro e ex-assessores estão sendo julgados no STF por tentativa de golpe de Estado. Em sua decisão de retirar a barraca do local, Moraes destacou a importância de manter a área como um espaço de segurança institucional e impedir que se torne um palco para manifestações com potencial de intimidação contra os ministros do Supremo.

Em meio a essa situação, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, foi até a praça para cumprir a ordem judicial de desocupação. Após conversas com advogados e autoridades locais, os deputados decidiram deixar o local de forma pacífica e buscar outro ponto para dar continuidade ao protesto. Esse episódio evidenciou a importância de respeitar as decisões judiciais e agir de acordo com a orientação jurídica.

A decisão de Moraes, acatando o pedido da Procuradoria-Geral da República, ressaltou o potencial dos atos de coagir os ministros do STF e interferir no andamento de julgamentos sensíveis. Ele alertou para a necessidade de uma reação proporcional do Estado para garantir o funcionamento das instituições democráticas. Além de proibir acampamentos, Moraes determinou às autoridades do DF que ajam para evitar novas ocupações e que os órgãos de segurança atuem em conjunto para impedir obstruções na praça dos Três Poderes.