A ONG Me Too, que luta contra o abuso a mulher, divulgou uma nota afirmando ter recebido denúncias de assédio sexual contra o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. A acusação foi divulgada nesta quinta-feira, 5 por meio de uma nota. A Polícia Federal foi acionada para investigar o caso.
Segundo a ONG, as acusações de assédio foram feitas por ex-integrantes do Ministério. Os nomes das supostas vítimas foram omitidos como forma de protegê-las, mas a organização informou ter obtido aprovação para divulgar o caso.
“A organização de defesa das mulheres vítimas de violência sexual, Me Too Brasil, confirma, com o consentimento das vítimas, que recebeu denúncias de assédio sexual contra o ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos. Elas foram atendidas por meio dos canais de atendimento da organização e receberam acolhimento psicológico e jurídico”, diz a nota divulgada.
Diante da gravidade da situação, Almeida se manifestou publicamente, negando veementemente as acusações e acionando a Polícia Federal para conduzir uma investigação completa e imparcial sobre o caso. “Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim. Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país. Toda e qualquer denúncia deve ter materialidade. Entretanto, o que percebo são ilações absurdas com o único intuito de me prejudicar, apagar nossas lutas e histórias, e bloquear o nosso futuro”, diz a nota. Ele também gravou um vídeo e postou em sua rede social repetindo o teor na nota.
O ministro também afirmou que está sendo alvo de uma campanha para afetar sua imagem “enquanto homem negro em posição de destaque no Poder Público”. “Isso comprova o caráter baixo e vil de setores sociais comprometidos com o atraso, a mentira e a tentativa de silenciar a voz do povo brasileiro, independentemente de visões partidárias”, diz a nota.
Almeida afirmou, ainda, que acionou a Polícia Federal, a Controladoria Geral da União e o Ministério Público Federal para investigar o caso.
Denúncia chegou até Lula
Segundo o site Metrópoles, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, seria uma das vítimas do assédio por parte de Silvio Almeida. O caso teria chegado a ser denunciado para o governo Lula, há cerca de três meses, mas não foi para frente pois Anielle decidiu não formalizar a denúncia.
Anielle Franco não respondeu as acusações.