Mino Carta, renomado jornalista e fundador da revista Carta Capital, faleceu aos 91 anos em São Paulo. A notícia do falecimento do diretor de redação da revista foi confirmada nesta terça-feira (2) pelo próprio veículo de comunicação. Segundo a Carta Capital, Mino Carta estava lutando contra problemas de saúde e acabou não resistindo.

O jornalista italiano, nascido em Gênova, deixou um legado importante no jornalismo brasileiro. Além de fundar a Carta Capital em 1994, Mino Carta dirigiu revistas influentes como Quatro Rodas, Veja, Isto É e Jornal da Tarde. Mesmo enfrentando obstáculos durante a ditadura militar, Mino se destacou por sua postura crítica e comprometida com a verdade dos fatos.

A trajetória de Mino Carta se confunde com a história da imprensa nacional. Sua passagem pela Veja, onde denunciou torturas durante a ditadura, resultou em censura e pressões, mas também deixou um marco importante no jornalismo brasileiro. Além de atuar no meio editorial, Mino também se dedicou à literatura, produzindo romances que misturam memórias pessoais e reflexões filosóficas.

A relação próxima de Mino Carta com o ex-presidente Lula, de quem era amigo pessoal, também marcou sua carreira. A Carta Capital destacou a importância do jornalista para a revista, que completou 31 anos em 2025. Mino acreditava na fidelidade aos fatos, no espírito crítico e na fiscalização do poder como pilares fundamentais do jornalismo.

A morte de Mino Carta, ocorrida no Hospital Sírio-Libanês, deixou uma lacuna no jornalismo brasileiro. Em entrevistas recentes, o jornalista expressava desencanto com a política do país e criticava os impactos da tecnologia sobre o jornalismo. Sua obra e seu legado permanecem como exemplo de integridade e compromisso com a verdade para as futuras gerações.