Quem é a Miss DF investigada por liderar golpe bilionário contra fiéis
Entre 2022 e 2024, Beatriz teria movimentado aproximadamente R$ 5 milhões por meio do esquema fraudulento.
Investigações conduzidas pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) apontam que Beatriz Abdalla, conhecida como “Miss DF”, é uma das lideranças da organização criminosa desmantelada pela Operação Falso Profeta. Segundo a corporação, ela vendia frações de falsas operações financeiras a evangélicos, prometendo retornos financeiros astronômicos em troca de pequenos investimentos.
Entre 2022 e 2024, Beatriz teria movimentado aproximadamente R$ 5 milhões por meio do esquema fraudulento, enganando milhares de vítimas com promessas de riquezas inimagináveis. Em uma foto obtida pela coluna (imagem em destaque), a mulher aparece ao lado do comparsa Ancelmo Ramos, que chegou a ser preso preventivamente na 2ª fase da operação policial por descumprir medidas judiciais.
De acordo com a Polícia Civil, a mulher se apresentava como investidora e intermediadora de aportes milionários, convencendo as vítimas a “participar” de falsas operações financeiras. Os valores oferecidos eram irreais. Investimento de R$ 100 para receber 500 centilhões de euros ou depósito de R$ 5 mil para lucrar 250 milhões de centilhões de euros. As vítimas, em sua maioria evangélicos, acreditavam que estavam prestes a receber bênçãos financeiras e fortunas supostamente reservadas a escolhidos. O golpe era sustentado por um discurso religioso e conspiratório, associado à teoria chamada “Nesara Gesara”, que sugere a chegada de uma nova ordem financeira mundial.
Além de vender falsas promessas financeiras, Beatriz também é investigada por atuar como pastora na região administrativa do Guará, onde arrecadava dinheiro de fiéis com promessas de prosperidade e bênçãos futuras. Segundo a Polícia Civil, pastores aliados também participavam do golpe, incentivando seus seguidores a contribuírem com valores cada vez mais altos.
A Operação Falso Profeta já identificou mais de 50 mil vítimas do golpe, que movimentou R$ 160 milhões desde 2019. O esquema envolvia empresas fantasmas, 800 contas bancárias suspeitas e a criação de falsos bancos digitais para dar aparência de legalidade ao golpe. A Polícia Civil continua a investigação para responsabilizar todos os envolvidos. Beatriz Abdalla e outros integrantes da organização criminosa poderão responder por estelionato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
As autoridades alertam a população sobre os perigos de promessas de enriquecimento fácil e incentivam denúncias contra esse tipo de golpe. Já leu todas as notas e reportagens da coluna hoje? Acesse a coluna do DE.