Missa do Galo no Santuário Nacional de Aparecida: tradição católica na véspera de Natal.

A Missa do Galo é uma tradição muito marcante no Natal, celebrada na véspera
da data comemorativa. Neste ano, a celebração será realizada às 20h desta
terça-feira (24) no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, promovendo
um momento especial para os católicos em todo o mundo. Uma das principais
cerimônias acontece na Basílica de São Pedro, no Vaticano, com a presença do
Papa Francisco, transmitida pela TV Globo na virada do dia 24 para 25 de
dezembro, marcando o nascimento de Jesus.

De acordo com a tradição católica, a Missa do Galo recebe esse nome devido ao
fato do nascimento de Jesus ter sido anunciado pelo canto de um galo. Esse gesto
simples tornou a ave um símbolo de despertar, representando um novo tempo e uma
nova vida para a Igreja Católica. A origem do termo “Missa do Galo” remonta ao
século IV, quando o Papa instituiu a celebração como forma de aguardar a data
significativa que marca o nascimento de Jesus, segundo relata o padre Marcelo
Magalhães.

A figura do galo é associada à vigília e à luz, já que o animal anuncia a
chegada do novo dia e representa o surgimento do sol. Ao cantar na meia-noite do
dia 24 de dezembro, o galo simboliza a chegada de Jesus, trazendo luz para
iluminar as trevas. A Missa do Galo é considerada a celebração principal entre
as quatro realizadas pela Igreja Católica no Natal, sendo precedida pela Missa da
Vigília. No dia 25 de dezembro, são realizadas a Missa da Aurora, ao nascer do
sol, e a Missa do Dia, após o amanhecer.

A importância simbólica do galo na celebração do nascimento de Jesus destaca a
relevância desse momento para a fé católica. É um período de reflexão, renovação
e esperança, marcado pela presença do Papa Francisco na Basílica de São Pedro e
por diversas celebrações ao redor do globo. Neste Natal, a Missa do Galo
permanece como um dos rituais mais significativos para os fiéis, reforçando a
importância do nascimento de Jesus Cristo na vida e nas crenças da comunidade
religiosa.

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Tradição de Natal: Família de Itapetininga prepara ravioli um mês antes.

Família do interior prepara prato principal do almoço de Natal com um mês de
antecedência

Em Itapetininga (SP), há 60 anos a família Mazzarino se reúne para celebrar o
almoço de Natal com uma receita tradicional da Itália: o ravioli. Mas, para dar
conta da quantidade a produção começa um mês antes.

Família de Itapetininga mantém tradição de Natal em almoço especial

Em Itapetininga (SP), o Natal tem um sabor especial na casa da família Mazzarino. Há mais de 60 anos, a ceia natalina é marcada pela tradição de preparar ravioli, um prato que une gerações e que começa a ser preparado em novembro, um mês antes do almoço tradicional do dia 25 de dezembro.

Maria Angela Mazzarino Adas, aposentada, relembra o início da tradição ao lado do pai. “Meu pai virava o cilindro e eu acompanhava tudo desde os meus sete anos. Era uma festa: conversa daqui, histórias antigas dali, uma bagunça boa, com todo mundo participando”, conta.

A confecção do prato começou a crescer junto com a família, como relembra Inez dos Santos Mazzarino de Oliveira, também aposentada. “No início, tudo era feito na véspera do Natal, com meu pai liderando os preparativos. Mesmo depois que ele e minha mãe se foram, seguimos com a tradição. Agora, é algo que une ainda mais nossa família.”

O prato, que veio da Itália, carrega a história da família. “O ravioli era comida de ceia de festa para minha avó. Minha mãe aprendeu com ela e passou o conhecimento para as noras. Hoje, ele representa nossa identidade familiar”, explica Maria Margarida Mazzarino.

Inicialmente, a receita era preparada apenas com recheio de carne moída. Mas, com o passar dos anos, a família adaptou o prato para atender todos os gostos. “Atualmente, temos uma opção de recheio de palmito para os veganos”, comenta Regina Mazzarino.

Paulo Roberto Mazzarino destaca a importância de envolver as novas gerações. “Antes, as crianças apenas observavam o preparo. Hoje, ensinamos para elas. Temos aqui cinco ou seis crianças que já estão aprendendo e levarão essa tradição adiante.”

O aumento no número de integrantes da família levou a uma mudança nos preparativos. Se antes o prato era feito na véspera, agora as quatro irmãs da família organizam tudo com antecedência, reunindo todos em novembro para preparar a massa e os recheios.

Para a família Mazzarino, o ravioli é mais do que um alimento. “Sem ele, não é Natal”, conclui Maria Margarida.

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