Missas em homenagem a Lola, Serva de Deus, na Igreja São Sebastião em Juiz de Fora: conheça a história da religiosa paraplégica que atrai fiéis em busca de milagres.

A Igreja São Sebastião, localizada no Centro de Juiz de Fora, agora passa a realizar missas semanais em homenagem a Lola, uma das religiosas mais importantes da Zona da Mata mineira. Lola, cujo nome completo era Floripes Dornelas de Jesus, faleceu em 9 de abril de 1999 na cidade de Rio Pomba. O reconhecimento de sua importância para a fé e para a comunidade religiosa veio em 2005, quando foi nomeada ‘Serva de Deus’ e teve o processo de beatificação autorizado pela Congregação para a Causa dos Santos.

As missas de beatificação em homenagem a Lola acontecem todas as sextas-feiras às 15h, na Igreja São Sebastião, sob a orientação do Frei Flávio. A história de Lola, como era popularmente conhecida, é marcada por fatos extraordinários, como sua capacidade de se alimentar exclusivamente de hóstia por mais de 60 anos. Mesmo tendo vivido uma vida restrita à sua casa e poucas visitas, os milagres que lhe eram atribuídos atraíram fiéis de diversas regiões em busca de graças e auxílio em causas impossíveis.

Nascida em Mercês no ano de 1911, Lola mudou-se para Rio Pomba ainda na infância. Um acidente na juventude a deixou paraplégica e acamada, levando-a a alimentar-se apenas de hóstia por décadas. O estilo de vida incomum de Lola, que não incluía sono e despertava o interesse da Ciência, gerou peregrinações cada vez mais frequentes à sua residência. Apesar de limitar suas aparições e interações, Lola recebia pedidos de fieis por meio de cartas, realizando intercessões e sendo considerada um porto seguro de fé e devoção.

Em 2005, Lola recebeu o título de ‘Serva de Deus’ pela Santa Sé Apostólica, em reconhecimento à sua vida dedicada à fé e aos milagres que lhe eram atribuídos. O processo de beatificação da religiosa foi iniciado na Congregação para a Causa dos Santos, em Roma, e permanece em andamento até os dias atuais. A história de Lola e sua devoção continuam a inspirar fiéis e devotos em busca de conforto espiritual e milagres que fortalecem sua fé.

O Diário do Estado acompanha de perto a trajetória de Lola e as homenagens realizadas em sua memória. Siga-nos nas redes sociais para ficar por dentro de todas as novidades e informações sobre a Zona da Mata mineira. A fé, a devoção e os milagres atribuídos a Lola permanecem vivos na memória da comunidade religiosa e continuam a ser fonte de inspiração para todos aqueles que buscam conforto espiritual e esperança em meio às adversidades da vida. A missão de Lola em vida e após sua morte é lembrar a todos do poder da fé e da devoção como instrumentos de cura e milagres.

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Fhemig é convocada pelo Ministério Público para explicar fechamento de bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins: polêmica e repercussão no setor de saúde

Ministério Público convoca Fhemig a prestar esclarecimento sobre fechamento de bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins

Críticos à medida dizem que fechamento do bloco cirúrgico do HMAL gera sobrecarga no Hospital João XXIII e aumenta fila de espera por cirurgias eletivas no estado.

Leitos vazios no Hospital Maria Amélia Lins — Foto: Foto de arquivo / Redes sociais

Órgãos públicos estão cobrando esclarecimentos da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) sobre a decisão de fechar o bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins (HMAL), em Belo Horizonte.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deu prazo de 48 horas para que sejam fornecidas informações, e a Superintendência Regional de Trabalho e Emprego convocou assembleia para a próxima segunda-feira (13).

Desde a última segunda-feira (6), as cirurgias ortopédicas e de trauma que eram feitas no HMAL – cerca de 230 por mês – foram transferidas para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII.

Funcionários do HMAL também estão sendo removidos para o João XXIII. A medida está sendo duramente criticada por profissionais da saúde, porque sobrecarrega o João XXIII e aumenta a fila de espera de cirurgias eletivas no estado.

Desde 2019, o HMAL atua na retaguarda do Hospital João XXIII, apesar de os dois funcionarem de maneira independente. Enquanto o João XXIII realizava atendimento de urgência e emergência, o HMAL era responsável pelo tratamento após o quadro agudo de trauma, o que corresponde a cirurgias mais complexas e demoradas.

Como o João XXIII é referência no estado para cirurgias de urgência, o HMAL tem importância estratégica de desafogá-lo. Com a concentração de todos os atendimentos no João XXIII, as cirurgias programadas são canceladas para dar lugar ao paciente que chega em estado grave.

De acordo com a diretora clínica e coordenadora da equipe médica do HMAL, Andrea Fontenelle, o Hospital João XXIII não está preparado para assumir toda a demanda.

Também se manifestaram contra o fechamento do bloco cirúrgico o Sindicato dos Servidores da Saúde (Sind-Saúde) e o Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed MG).

A entidade divulgou uma nota de repúdio dizendo que o “fechamento representa um retrocesso na garantia de direitos fundamentais, como o acesso à saúde” e que “a medida e reflete falta de respeito e diálogo com os servidores públicos e as entidades representativas”.

O diretor técnico assistencial do Complexo Hospitalar de Urgência e Emergência, que administra o Hospital João XXIII e o HMAL, Samuel Cruz, alegou que a estrutura do HMAL estava muito defasada, e o fechamento do bloco cirúrgico foi a solução encontrada.

Para Andrea Fontenelle, o fechamento é uma solução “completamente equivocada”. Segundo ela, das cirurgias que o HMAL realizava, mesmo com os problemas estruturais, 30% poderiam continuar sendo feitas.

Ainda de acordo com Andrea, em março de 2023, todo o quadro clínico do HMAL se reuniu para elaborar um plano de reestruturação do hospital, mas nenhuma providência foi tomada em relação às demandas. O processo foi feito na administração anterior do Complexo Hospitalar de Urgência e Emergência.

Fundado em 1947, o Hospital Maria Amélia Lins (HMAL) é referência em cirurgias de alta complexidade em traumato-ortopedia e bucomaxilofacial. A maioria dos pacientes do HMAL é vítima de acidentes de trânsito, especialmente motociclistas jovens, que necessitam de procedimentos cirúrgicos variados e complexos.

O Diário do Estado entrou em contato com a Fhemig, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

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